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Estas coisas sugam a sua vida financeira – Parte II

Os cinco motivos finais onde você pode estar impedindo a si mesmo de prosperar

Anderson de Alcantara - 29/10/2019 06h53

Semana passada eu comecei a listar aqui os motivos que podem estar impedindo você de levar uma vida financeira melhor (clique aqui se você perdeu o primeiro capítulo). Hoje eu vou listar os cinco motivos que faltam para você conferir onde pode estar errando, e começar a consertar o que for necessário para entrar de vez em um novo patamar na sua vida financeira:

ACHAR QUE O AMOR E O RESPEITO DOS OUTROS ESTÃO ATRELADOS AO QUE VOCÊ TEM
Atualmente, nós vivemos em um mundo onde a aparência infelizmente vale mais do que muitas outras coisas mais importantes. Mas, avalie sua vida atual honestamente: se para manter amigos, mulheres, homens ou familiares ao seu lado, você tem se endividado e gastado além da conta, você está fazendo isto errado.

Amor e amizade não devem nunca serem medidos pelo dinheiro. Pelo contrário! Faça um teste simples: avalie quem ficaria ao seu lado se o dinheiro acabasse e, aí sim, entenda o que é amor de fato.

Existe uma máxima no negócios que diz que “você deve andar sempre com pessoas que têm o padrão de vida que você almeja ter”. Mas cuidado: se a diferença entre o seu padrão e o destas pessoas hoje for muito grande, você poderá cair numa armadilha: pois ao estreitar amizade com elas, será convidado a frequentar restaurantes e eventos com os quais você talvez não poderá arcar; e isso vai te levar à falência – que é o caminho oposto do que você pretende alcançar!

Na minha opinião essa não é uma metodologia muito sábia. Se ao invés disto, você procurar fazer amizades genuínas com pessoas que possam realmente agregar valor a você (em conhecimento, experiência, moral, espiritualidade e técnica) faça isso independente do quanto essas pessoas aparentam ter. Pois eu garanto a você – por experiência própria nos meus atendimentos – que muitas das pessoas ao seu redor que aparentam ter muito estão totalmente endividadas, enquanto outras que tem um estilo menos ostentador, possuem boas reservas e patrimônio – e estão bem tranquilas.

Para saber mais: O melhor investimento do mundo

ASSUMIR DÍVIDAS DOS OUTROS POR DÓ OU SENTIMENTO DE CULPA
Falando nos outros… Preste atenção também ao outro lado: se as pessoas costumam te pedem dinheiro emprestado ou favores financeiros, eu dou como quase certo que você não consegue guardar nem investir para realizar sonhos próprios, e de vez em quando passa por um aperto por conta dos ‘calotes’.

Evite emprestar cheques e cartão de crédito. Esse é o tipo de furada muito capaz de acabar com a amizade e empurrar você para a inadimplência! Se você receber um pedido desses, muito provavelmente a pessoa que está te pedindo esse favor geralmente já tem o próprio nome com restrição ou está com a vida financeira desorganizada, então o risco de não receber o valor pedido é alto.

Quanto às doações, faça-as com sabedoria. Procure estabelecer um limite para saber até quanto poderia disponibilizar para ajudar os outros sem prejudicar as suas metas também. Ajudar e compartilhar é sempre bom e ativa um fluxo de prosperidade e gratidão em nossas vidas, mas com limites. Saiba dizer “não” quando necessário.

Para saber mais: Emprestar o cartão pode colocar você numa furada

VIVER EM ACORDO
Para quem é casado(a), conversar sobre finanças e combinar juntos tudo o que será feito é essencial para garantir a tranquilidade de ambos.

As finanças na vida a dois devem ser norteadas pelo diálogo. Todos os objetivos da casa devem ser traçados em comum acordo, ao mesmo tempo em que os desejos pessoais precisam ser ouvidos, respeitados e atendidos na medida do possível, preservando a harmonia. Cada um deve contribuir financeiramente para a realização dos sonhos da família como um todo; e, eventualmente “tomar um sorvete sozinho(a)” – desde que isto não comprometa o orçamento e os projetos da casa.

A transparência financeira é uma característica forte em relacionamentos maduros e saudáveis. Nesse tipo de casamento, os dois se sentem confortáveis com o que ganham, com o quanto contribuem para o lar e, principalmente, com a forma como gastam seu dinheiro. Tudo sem medo ou receio.

Para saber mais: Finanças a dois: Como falar de dinheiro sem brigar?

PROCRASTINAR
Procrastinação é, provavelmente, a razão mais provável pela qual você não faz as coisas mais importantes que deveriam ser prioridade na sua vida. Tudo que é difícil, não dá prazer, demora ou é trabalhoso, é empurrado para a frente. Em contrapartida, qualquer distração agora (joguinhos, séries, viagens) é muito mais atraente do que parar para investir tempo em um objetivo de longo prazo.

Ao longo da vida, todos nós temos várias oportunidades para mudar o rumo das coisas. Mas por medo ou desconhecimento, vamos deixando de lado algumas possibilidades de mudança. Mas usar o acaso como desculpa sempre, é um grande erro.

Procrastinadores têm dificuldade desde o início. Eles adiam a busca por empregos e ficam desempregados por mais tempo. Quando estão empregados, eles demoram a fazer novos cursos, a se aperfeiçoar e atualizar seus currículos para procurar um emprego melhor, e geralmente se situam no grupo dos assalariados de renda abaixo da média.

Procrastinadores são aqueles que ficam sem shampoo, tinta da impressora, lâmpadas, e vão correndo ao mercado comprar um item por vez ao valor que se pede no momento, em vez de comprarem quando os itens estão em promoção ou levando quantidades maiores com desconto.

Procrastinadores raramente agem com a intenção de poupar dinheiro para a aposentadoria ou para um período de crise. Ou, quando o fazem, aceitam os rendimentos baixos da Caderneta de Poupança ou das porcarias que os bancos lhe vendem (Títulos de Capitalização, Previdências Privadas) porque têm preguiça de pesquisar e comparar os rendimentos efetivos finais. Daí, na hora da aposentadoria, é que descobrem que seus investimentos não eram lá assim tão espetaculares…

Para mudar a situação ou esse estado que não tira você do lugar, deste estado de estagnação é necessário tomar uma atitude. E isso depende de Você!

Para saber mais: “Depois eu começo!” , “Depois eu começo! – parte II” , Juros: Entendendo melhor essa força, e Juros: Conheça a taxa básica da economia

SENTIR-SE EGOÍSTA AO PENSAR EM GUARDAR DINHEIRO
Por outro lado, há pessoas cujo modelo mental as fazem se sentir egoístas e culpadas quando começam a guardar dinheiro. Geralmente ocorre assim: alguns meses após começarem a fazer uma reserva para a aposentadoria, por exemplo, aparece algo “emergencial” para fazer em casa, e elas já têm que usar aquela quantia que foi separada para garantir sua segurança financeira daqui a 20 anos.

A auto-sabotagem atua em forma de uma ideia como “Não tenho direito de ficar guardando enquanto tem tanta gente precisando deste dinheiro que não vou usar”, ou “Não posso ficar guardando dinheiro para o futuro se eu nem sei se estarei vivo amanhã”. É louco, mas é assim que funciona o cérebro da maioria dos brasileiros: orientado a uma noção de que é errado ser rico, e à escassez.

Para lidar melhor com esta questão pense que não é egoísmo, mas sim uma necessidade ter uma reserva financeira e fazer seguros (de vida, casa e carro). Assim, caso precise – no presente ou no futuro – não terá que recorrer a ninguém para ajudá-lo. E, pelo contrário, poderá ajudar de verdade e sem se prejudicar a alguém que você ame no caso de uma necessidade.

Para saber mais: Vamos falar de dinheiro? e O primeiro passo para a sua independência financeira

Ok? Espero que com essas duas lições você possa fazer, ainda este ano, uma reflexão sincera em sua vida e começar a promover as mudanças que precisam ser feitas. Como diz a bela “Oração da Serenidade” (de autoria controversa), a qual meu falecido pai, Pedro de Alcantara, aprendeu em seu grupo de auto-ajuda e que lhe foi de grande valia para se esforçar a ser uma pessoa melhor na metade final de sua vida:

Concedei-nos Senhor, a Serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar
Coragem para modificar aquelas que podemos
E Sabedoria para distinguir umas das outras.

Por hoje fico aqui, lembrando que, caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, envie-a para redacao@plenonews.com.br e eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço, sucesso, fiquem na Paz, e até semana que vem se Deus quiser!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 30 anos, onde atua como como Planejador Pessoal; e é Professor Titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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