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“Depois eu começo!”

O custo da procrastinação é muito mais alto do que você pensa ou imagina

Anderson de Alcantara - 09/04/2019 10h03


Olá, caro leitor do Pleno.News! Como vai? Tudo bem?

Primeiramente eu gostaria de pedir desculpas pela redundância que eu cometi no subtítulo desta coluna. Foi proposital. Eu quero realmente frisar que quem fica adiando seus planos de ter mais disciplina e melhorar sua vida financeira acaba tendo um custo tão alto que, na verdade, é muito maior do que a pessoa pensa que ele poderia ser.

Na verdade quando nós fazemos uma análise pertinente à nossa situação financeira atual e estamos, por exemplo, diante da decisão de trocar a aplicação financeira onde hoje estão nossas economias da Caderneta de Poupança, que rende pouco (já falamos sobre isso, clique aqui se você não leu esta matéria), para algo com o mesmo grau de segurança e liquidez, mas com rendimento melhor (que também já estudamos – clique aqui se você não leu esta matéria); quando a pessoa analisa o custo inicial (basicamente, o trabalho que ela vai ter, pois o custo financeiro do processo é muito baixo) olhando tão somente para o benefício que irá receber no começo, aparentemente esse custo (trabalho) parece não valer a pena.

Querem um exemplo? Vamos lá! Vamos tomar por base o comparativo que fizemos no artigo “O primeiro passo para a sua independência financeira” (clique aqui se você não leu esta matéria) e pensar em alguém que tinha R$ 10.000,00 na Caderneta de Poupança em 2018, e não mexeu neles:

  • o rendimento da Poupança em 2018 foi de 4,646%, isentos de impostos;
  • o rendimento de um bom Fundo de Renda Fixa em uma corretora independente rendeu 6,736% brutos e 5,725%, já deduzidos o Imposto de Renda (alíquota de longo prazo);
  • o capital é de R$ 10.000,00 ;
  • não houve mais nenhum aporte adicional ao longo do tempo.

Ao final de 2018, essa pessoa terá:

  • R$ 464,61 de rendimentos líquidos na Poupança;
  • R$ 572,54 de rendimentos líquidos no Fundo.

Parece pouco para o resultado de um ano. E a coisa ficaria “menor” ainda se fôssemos comparar os resultados em um mês (como a maioria de nós, equivocadamente, tem o hábito de fazer – isso vem da nossa cultura mensalista, de escassez, e que precisa ser substituída pela visão de longo prazo, do crescimento dos balanços ano a ano, como as empresas fazem).

Olhando para o quanto a pessoa perdeu por um ano de procrastinação (“apenas R$ 107,93”) seu cérebro lhe engana dizendo que “não ter feito nada nem foi tão mal assim”, o que lhe recoloca na maldita “zona de conforto”, que tanto lhe amarra na situação em que você se encontra hoje, e lhe impede de prosperar.

Porém, se olharmos na linha do tempo (e aí estamos falando mais uma vez desse grande aliado das finanças, que é um dos nossos “Multiplicadores de Riqueza” – clique aqui para ler a matéria), podemos dizer que o custo de adiar essa decisão hoje parece pequeno, mas lá na frente ele se mostra muito – mas muito – relevante no processo de se obter a nossa tão sonhada Liberdade Financeira.

Esse mesmo ano de 2018, no qual você não fez nada pelo seu dinheiro, e no qual você aparentemente “perdeu apenas R$ 107,93” , vai lhe custar R$ 19.415,85 ao final de 25 anos:

Este é o verdadeiro parâmetro a ser usado: saber qual será, lá na frente, o meu custo por não ter feito nada hoje. Lá na frente é onde estão a hora da minha aposentadoria, ou a hora de comprar meu tão sonhado apartamento à vista (e não financiado, pagando juros aos bancos), ou a faculdade dos meus filhos.

E isso foi só olhando o efeito dos fatores TEMPO e JUROS em cima de um capital inicial. A conta fica ainda mais assustadora quando incluirmos o fator ESFORÇO, o que faremos na próxima semana.

Assustado(a)? Não fique. Olha aí o seu cérebro querendo lhe paralisar novamente. Pegue essa informação e use-a a seu favor. Diga em voz alta:

“Eu quero um futuro melhor para mim e minha família no futuro e, para isso, eu vou agir AGORA!”

E deixe a sua força de vontade prevalecer. Tem poder quem age!

Por hoje fico aqui, lembrando que, caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, envie-a para redacao@plenonews.com.br e eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço, até semana que vem, sucesso, e fique em Paz!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 30 anos, atua como consultor financeiro na 3468 Finance e é professor titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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