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Inconsequências

As pessoas têm agido como se nada mais importasse

Elaine Cruz - 09/01/2020 10h45

Atitudes non sense, sem sentido, evidenciam a loucura dos nossos dias. Sob a égide de frases de efeito como “viva muito e morra cedo”, “siga o seu coração”, “o que importa é ser feliz”, “extravase sua raiva”, dentre outras, as pessoas têm agido como se nada mais importasse, na inconsequência de não pensar nos resultados dos atos para o dia seguinte ou anos posteriores.

Não há sentido em as pessoas destruírem um ônibus, se vão precisar dele no dia seguinte para trabalhar. Fazerem barricadas nas ruas, se não vão ter como receber em casa os produtos comprados uma loja. Agredir pais, filhos e esposas que os amam. Quebrarem uma casa na hora da raiva e terem que dormir numa cama destruída o resto do ano!?

No mundo convivemos com muitas situações que não conseguimos compreender: como explicar o terrorismo ou a violência gratuita? Como pais podem matar uma filha pequena e indefesa? Como uma pessoa pode usar drogas ciente do que esta faz à sua mente? Ou ficar tão dominada pela droga e os pensamentos que ela provoca, a ponto de arrancar os próprios olhos, como estamos vendo acontecer? As respostas podem ser muitas, as considerações e explicações inúmeras. Mas o mais triste é que notícias como estas voltam a se repetir, e cada vez vamos nos acostumando mais a elas.

Nem todos temos direito à mesma educação. Há muitos lares desestruturados formando indivíduos confusos e maus. Sempre haverá companhias boas e ruins. A formação acadêmica ainda é muito privilegiada. A violência e maldade vem sendo difundida e incentivada pela mídia. Os relacionamentos interpessoais estão cada vez mais vazios e descomprometidos. Sabemos destes fatos. Nas o que assusta é que as pessoas não estão nem preocupadas em analisar o bom senso das suas ações, como se estas não lhes trouxessem consequências futuras.

A noção do bom senso todos nós temos, e não adquirimos em bancos escolares ou universitários. Ao nos deparamos com a menor ou mais complexa situação cotidiana, seja ela emocional ou comportamental, estabelece-se um problema ético e moral, do qual todos nós sabemos a resposta: sempre será correto não espancar, não quebrar um bem comum, não partir para a agressão, não falar o que não for respeitoso, não ferir o próprio corpo, não matar, não roubar, não mentir, não denegrir o outro.

Não precisamos a todo momento de explicações filosóficas, sociológicas, espirituais ou psicológicas, por mais competentes que sejam.

Precisamos voltar a usar o bom senso, a pensar antes de agir, e a refletir sobre as possíveis consequências dos nossos atos!

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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