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A projeção dos nossos erros

As características que nos incomodam vão sendo gradativamente afastadas do nosso eu em direção a outros objetos e pessoas

Elaine Cruz - 18/10/2019 12h31

Quando as situações da vida não são favoráveis, ou quando não gostamos do que vemos em nós, temos a tendência de projetar no outro as nossas mazelas ou temores. Uma pessoa que cultiva a inveja, mesmo que silenciosamente, tende a enxergar todos à sua volta como invejosos em potencial, generalizando sua inveja.

Mas, muitas vezes, a pessoa não está muito consciente de seus traços indesejáveis. Ainda assim adquire a tendência de enxergar seus defeitos excessivamente nos outros. E é exatamente isto que acontece na projeção: as características que nos incomodam vão sendo gradativamente afastadas do nosso eu em direção a outros objetos e pessoas.

A Bíblia nos adverte a cuidar de nós mesmos, observar nosso eu, e entregar nosso coração (alma, emoções, sentimentos…) para Deus, pois Ele nos conhece muito mais do que nós mesmos: O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? “Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as suas obras.” (Jeremias 17.9,10).

Não podemos ficar preocupados com o cisco alheio, sem tirar a trava dos nossos próprios olhos: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão. (Mateus 7.3-5).

Quando a nossa postura é de voltar nossos olhos para as outras pessoas, em uma busca frequente de defeitos e falhas alheias, precisamos voltar a olhar para nós mesmos, para os sentimentos que nutrimos, para nossas escolhas e sentimentos nutridos.

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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