Henrique Gimenes - 30/08/2018 21h25 | atualizado em 31/08/2018 09h56

A candidata à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade, Marina Silva, participou, nesta quinta-feira (30), de sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo. A candidata falou sobre seu partido, sobre governabilidade, suas propostas e outros temas.

Logo no início, a candidata foi questionada sobre as acusações de falta de liderança tendo como exemplo o posicionamento de seu partido durante a época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, dois integrantes da Rede se posicionaram contra. Marina explicou que as divergências dentro das legendas são normais e isso não indica falta de liderança.

– Ser líder não é ser o dono de um partido. O líder de uma sigla é aquele capaz de dialogar com opiniões divergentes. Na época do impeachment, 60% da direção da Rede foi favorável. (…) Hoje a política se dá de uma forma mais autoral, as decisões são compartilhadas – explicou.

A candidata também foi questionada sobre o apoio que declarou ao senador Aécio Neves em 2014, quando era candidato à Presidência. Atualmente o parlamentar é réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Marina disse que hoje não teria declarado apoio a ninguém.

– Nas eleições de 2014, a maioria das pessoas conscientes acabaram votando em alguém. Mesmo com tudo que tinha, alguém escolheu um candidato de segundo. Eu tenho certeza que muitos de nós não teriam votado se tivessem informações da Lava Jato (…) Hoje não votaria nem em Aécio e nem em Dilma. A Lava Jato mostrou que os dois praticaram corrupção – declarou.

Marina Silva foi indaga ainda sobre as alianças partidárias que a Rede firmou nestas eleições. A candidata respondeu que pretende manter o diálogo com todas as siglas.

– Pessoas boas têm em todos os partidos. E se eu ganhar, vou governar com os melhores de todas as legendas. Esse discurso eu falo desde 2010 – explicou.

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