Amor pleno
Marcos 12:13 “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças”.
Marcelo Martins - 22/08/2017 05h00 | atualizado em 22/08/2017 05h58
“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças”. Marcos 12:13
O ápice de um relacionamento afetivo é atingido quando percebemos que amamos alguém. Tudo fica diferente tanto dentro quanto fora de nós. A tristeza dá lugar a uma alegria contagiante, a esperança se multiplica; vemos beleza em qualquer coisa, até nos dias que insistem permanecer nublados. Cheiros, músicas, lugares, tudo nos lembra a pessoa que guardamos no coração. Mas será que o amor é tudo isso, ou só isso? Será que o que sentimos é amor verdadeiro?
Segundo o apóstolo Marcos, o amor que sentimos por Deus – que deveria ser a base para o amor que dedicamos ao próximo – precisa resistir a três provas. A prova da emoção, a prova da razão e a prova da disposição. Se o amor que declaramos sentir passar por essas provas, então estamos amando de verdade.
A prova da emoção. O amor sempre começa com algum tipo de sentimento, que nos impulsiona para estar perto da pessoa que amamos. E naturalmente desejamos traduzir o que sentimos em algo mais concreto. Toques afetuosos, abraços, olhares, palavras que tentem refletir o que está no coração. A expressão do amor é tão importante quanto o próprio amor. Pois as pessoas só saberão que são amadas se demonstrarmos isso de uma forma mais palpável, em que elas reconheçam que são realmente amadas. E o amor se alegra…
A prova da razão. Nem sempre o amor vive dias de paz. Haverá momentos nos quais as diferenças se tornarão em atritos, e os atritos em discussões. Na hora da raiva ou decepção, é preciso que a razão entre em cena para equilibrar nossos sentimentos. Brigar com quem amamos não deveria ser habitual, mas acontece em qualquer relacionamento. Se houver só emoção, uma hora a separação acontecerá. Agir pela razão é deixar as emoções esfriarem até que possamos pensar com mais clareza. A razão nos impede de tomar decisões precipitadas. E o amor agradece…
A prova da disposição. Os tradicionais votos matrimoniais podem nos ajudar neste ponto: “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza”. O amor pode ser revestido de emoções intensas, sustentado por uma razão que traz equilíbrio. Isso tudo é muito importante. Contudo, se não houver uma disposição que nos motive a permanecer ao lado da pessoa amada em qualquer circunstância, o que sentimos não é amor. Pode até ser um sentimento muito forte, porém não significa “amor”. Muitas coisas podem acontecer na vida de duas pessoas que se amam; coisas boas e ruins. Quem ama não desiste do outro mesmo quando tudo diz que não. E o amor se fortalece…
O que podemos aprender?
O amor que Deus sente por nós também passou por essas três provas:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16
– O amor de Deus foi tão intenso que o levou a entregar o que Ele tinha de melhor. A prova da emoção.
“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Romanos 5:8
– O pecado da humanidade entristecia profundamente a Deus. Mesmo assim, Ele manteve inabalável o propósito de nos salvar. A prova da razão.
“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Lucas 23:34
– Mesmo sofrendo as piores dores e ofensas, Jesus não desistiu da cruz. Ele foi até o fim. A prova da disposição.
Vamos conversar com Deus?
“Senhor Deus, ensina-nos a amar como o Senhor nos ama. Não queremos permanecer no amor superficial. Precisamos aprender a viver o amor em toda a sua plenitude. Pai, ajuda-nos a não desistir de quem amamos, ainda que aos nossos olhos seja impossível. Assim oramos, em nome de Jesus Cristo. Amém”.