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A Justiça é cega e o Poder é surdo

Robson Rodovalho - 16/11/2019 08h00

“A justiça é cega”, já dizia o velho ditado. Muitos conhecem, mas provavelmente não sabem que o poder é surdo. De fato ele tem a capacidade de tornar quem dele se utiliza de “surdo”. É impressionante como a surdez e a insensibilidade rondam a cadeira do poder e, muitas vezes, tornam-se um anestésico que gera naquele que o detém um sentimento falso de que o mundo é sempre cor de rosa. Esses elementos fazem com que os poderosos se esqueçam dos “gritos” de uma classe marginalizada, embora, seja essa mesma classe que os levaram para a posição em que chegaram.

Quando analisamos o comportamento dos políticos existe uma grande diferença entre o antes e depois das eleições. Antes sempre estão dispostos a atender tudo e todos. Depois os celulares se desligam, telefonemas não são retornados, sem contar as promessas de campanha que dificilmente são cumpridas. Só existe uma explicação para tal comportamento: o poder é surdo.

O som consegue despertar a emoção com mais facilidade do que a imagem. Quando se presencia uma cena de dor, ela se torna muito mais comovente quando vem acompanhada de trilha sonora. Por isso, as trilhas sonoras de novelas, filmes e reportagens são tão importantes, elas mexem com as emoções. O problema é que a “dor da rua” não possui trilha sonora e nem alcança os gabinetes dos “palácios”.

Nosso país é o país das desigualdades. O país no qual quem é grande se protege, mas quem é excluído permanece como tal. Este é o Brasil e o que nos resta é lutar para mudá-lo ou abandoná-lo. O que nos inspira é o exemplo de Jesus que, em meio a um governo corrupto, decadente, imoral, autoritário, que era o governo de Roma, ensinou seus discípulos a desejarem o Reino de Deus e a buscarem Sua vontade para essa terra, assim como ela é feita no céu (Mateus 6:10). Por causa das palavras e do compromisso dos cristãos, é que ainda temos o que existe hoje.

Imaginem se todos aqueles que lutaram pela verdade tivessem cruzado os braços? Onde estaríamos hoje? É com essa esperança que levantamos nossas cabeças e olhamos para o amanhã, com a certeza de que nossa luta é o que levará adiante, e que nossa missão, como embaixadores do Reino de Deus nesta terra, inicia-se na pregação do evangelho que redime o indivíduo, mas só termina com a implantação dos valores e princípios cristãos na sociedade em que vivemos. É para essa missão integral que a igreja de hoje precisa se despertar.

 

Robson Rodovalho é doutor em Física e Espiritualidade pela Universidade Cristã da Flórida, além de fundador, bispo e presidente mundial da Igreja Evangélica Sara Nossa Terra e da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil.

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