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Por Lula, PSB quer se aliar ao PT mesmo sem resposta de Alckmin

Presidente dos partidos farão reunião para discutir aliança

Pierre Borges - 19/01/2022 13h37 | atualizado em 19/01/2022 14h43

Ex-presidente Lula Foto: Divulgação/PT/Ricardo Stuckert

Mesmo sem a resposta de Alckmin sobre uma possível filiação dele, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) já tem negociado uma aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) para ajudar a eleger Lula. De acordo com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o PT precisa, no entanto, estar “disposto a colaborar com as nossas candidaturas”.

No momento em que a construção de uma federação com o PT enfrenta entraves em torno de candidaturas estaduais, Siqueira foi às redes sociais defender que alianças políticas sejam programáticas, e não apenas eleitorais.

O PSB convidou Alckmin, provável vice de Lula, para filiar-se ao Partido em dezembro, mas ainda aguarda a resposta do ex-tucano.

– Convidei Alckmin a ingressar no PSB no dia 13 de dezembro. Ele não é do PSB ainda. Fiz o convite mesmo ele não sendo uma pessoa com perfil de esquerda, mas entendendo que o momento pede essa discussão mais ao centro. Ele tem muitos amigos de esquerda aqui, incluindo eu, mas ainda não nos deu resposta – disse Siqueira ao blog da Andréia Sadi, do G1.

Independente de Alckmin, PT e PSB tentam viabilizar um acordo para se unirem nas eleições de outubro, mas ainda divergem sobre quem terá o direito de indicar a cabeça de chapa nas candidaturas aos governos de Pernambuco, São Paulo e mais quatro estados.

– Coligação partidária implica afiar ideias para avançar em um projeto de país. Ela deve ser programática, ideológica, e não apenas eleitoral, sob pena de repetirmos o passado. Precisamos ir além – escreveu Siqueira.

Diferentemente das coligações, as federações vão além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, tem defendido que as legendas estarão juntas nas eleições, se não federadas, coligadas.

Em entrevista nesta terça-feira (18), Siqueira criticou o que chamou de “visão exclusivista” do partido de Lula. Embora se trate de uma “atitude natural” de quem tem a maioria, segundo ele avalia, o partido precisaria ceder espaço para permitir a ampliação do centro.

– Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas, porque, afinal de contas, serão elas todas palanques do presidente Lula por todo o país – afirmou.

As declarações de Siqueira foram feitas ao jornal Correio Braziliense.

O prazo para registro de federações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) termina no início de abril, seis meses antes do pleito. Gleisi Hoffmann e Siqueira se reunirão para discutir o assunto nesta quinta-feira (20), em Brasília.

Embora ambas as siglas tenham o mesmo interesse no plano nacional, eleger o ex-presidente Lula, as negociações esbarram no desejo de lançar candidatos próprios nos estados. Em São Paulo, por exemplo, o PT não abre mão da candidatura de Fernando Haddad, que disputaria contra Márcio França, candidato de Doria.

*Com informações da AE

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