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Cientista de Oxford alerta para nova pandemia do vírus Nipah

Vírus tem 50% de letalidade e nenhuma vacina eficaz

Monique Mello - 14/10/2021 17h49 | atualizado em 15/10/2021 16h31

Sarah Gilbert desenvolveu a vacina de Oxford com AstraZeneca Foto: Reprodução/Youtube National Portrait Gallery

A pesquisadora Sarah Gilbert, o nome por trás do desenvolvimento da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, alertou que a próxima pandemia mundial pode ser causada pelo vírus Nipah. A declaração foi dada por ela durante um evento no Reino Unido, na última terça-feira (12).

De acordo com Gilbert, ainda não existe vacina para esse vírus e os estudos que estavam em curso tiveram que ser interrompidos devido à pandemia de Covid-19.

– Se tivermos uma variante Delta do vírus Nipah, de repente teremos um vírus altamente transmissível, com uma taxa de mortalidade de 50 por cento – disse a pesquisadora.

Antes da pandemia do novo coronavírus, Sarah Gilbert e sua equipe estavam trabalhando em vacinas para combater o vírus Nipah, febre de Lassa e Mers.

O Nipah está no topo da lista de dez doenças prioritárias que a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou como fontes potenciais de epidemias futuras. Recentemente, o vírus fez uma vítima na Índia, obrigando centenas de contatos próximos dela a ficarem em isolamento, para conter um possível surto.

O vírus Nipah passa para humanos pelo contato com porcos infectados ou frutas contaminadas com urina e fezes de morcegos, que são reservatórios naturais desse vírus. A transmissão também pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa.

O vírus Nipah causa sintomas parecidos com os da gripe, como febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo, fadiga e dificuldades respiratória. Em casos mais graves, pode provocar inchaço do cérebro, com evolução para um coma. O período de incubação pode variar de 4 a 14 dias.

De acordo com Sarah, o aprendizado que deve ficar da pandemia da Covid-19 é o de que as vacinas devem ser armazenadas para o caso de os vírus causadores das doenças sofrerem mutação e elas se tornarem altamente infecciosas.

– Aprendemos na pandemia que poderíamos fazer as coisas mais rapidamente, poderíamos fazer as coisas melhor. Queremos aplicar essas lições, mas ainda precisamos obter financiamento para isso – declarou a pesquisadora.

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