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Jair Bolsonaro promete novidade sobre tratamento precoce

Presidente também voltou a falar contra a adoção de "passaportes da vacinação"

Pleno.News - 14/10/2021 12h09 | atualizado em 14/10/2021 12h43

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Marcos Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce, prometendo inclusive uma “notícia bomba” a favor dos medicamentos aos quais eles fez propaganda durante toda a pandemia.

– Está sendo ultimado um estudo aqui, com a gente. Centenas de milhares de pessoas poderiam estar vivas se tivessem feito tratamento precoce – afirmou.

Bolsonaro também voltou a falar contra a adoção de “passaportes da vacinação”, que em cidades como Rio de Janeiro e de São Paulo têm mantido pessoas que se recusam a tomar a vacina contra Covid-19 longe de determinados eventos e espaços públicos.

– As pessoas que contraem o vírus têm uma vacina natural. Por que vou tomar a vacina para conseguir uma quantidade de anticorpos menor? Por que essa obsessão? – insistiu o presidente.

Bolsonaro alegou, durante entrevista à Rádio Novas de Paz, que, mesmo não tendo tomado o imunizante, tem alta proteção contra o vírus.

Segundo autoridades de Saúde, porém, mesmo quem já teve Covid deve ser imunizado contra a doença.

Bolsonaro reforçou o discurso ao contar que, em sua ida aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, foram contaminados com o vírus, mesmo já tendo sido vacinados.

– Quando começa a discutir vacina, virou crime. Vem logo te acusando de negacionista, terraplanista.

O presidente também declarou que, durante sua reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, no Estados Unidos, ele chegou a apostar com o britânico uma caixa de uísque que teria mais anticorpos contra a doença do que o premiê, que tomou as duas doses da vacina da AstraZeneca.

A aposta teria surgido porque, entre os temas abordados na reunião com o britânico, estava uma facilitação da importação de uísque para o Brasil. O presidente adiantou que, apesar do pedido do primeiro-ministro, o tema não está entre as prioridades dele.

– Com todo respeito a Boris Johnson, não é prioridade facilitar importação de uísque.

Bolsonaro também voltou a criticar a vacina da CoronaVac. O presidente afirma que a CoronaVac estava sendo vendida por US$ 10 ao Ministério da Saúde. No entanto, a Sinovac, que faz parceria na produção do imunizante com o Butantan, ofereceu por US$ 5.

– O preço caiu ou era superfaturado pelo Butantan? – questionou.

Segundo o chefe do Executivo, a temática já está sendo investigada pelo governo.

– A vacina é importante? Para muita gente é. Mas respeito quem não quer tomar. Várias vacinas não têm comprovação científica – disse.

Para o presidente, é preciso que o país saiba viver com o coronavírus, pois ele “veio para ficar”.

– O Brasil tem que voltar à normalidade para todos nós sonharmos com dias melhores – disse.

Bolsonaro reconheceu a difícil situação econômica do Brasil, mas disse que é preciso que as críticas tenham fundamento.

– Deus me colocou aqui. Só ele me tira daqui – declarou, repetindo a frase diversas vezes usada por ele.

*Com informações da AE

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