Ministro da Fazenda descarta aumento de impostos
Eduardo Guardia disse que governo considera reduzir incentivos fiscais para compensar o preço do diesel
Henrique Gimenes - 29/05/2018 15h10

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, descartou, nesta terça-feira (29), a possibilidade de o governo aumentar impostos para cobrir a redução do preço do diesel. A declaração acontece após o presidente da Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negar que o Congresso iria pautar qualquer proposta do tipo.
Na noite de domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou uma série de medidas na tentativa de acabar com a greve dos caminhoneiros, entre elas a diminuição em R$ 0,46 no preço do combustível. Do total, R$ 0,30 será da manutenção do desconto de 10% feito pela Petrobras. Já R$ 0,16, virão do corte de tributos, a Cide e o PIS-Cofins.
O corte da Petrobras terá um custo de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos, já que a União pagará pelo subsídio. A perda de arrecadação com a redução dos impostos será de cerca de R$ 4 bilhões. Parte deles virá da reoneração da folha de pagamentos.
Na segunda-feira (28), Eduardo Guardia disse que um aumento de impostos era uma possibilidade, no entanto ele informou, nesta terça, que o governo não trabalha com essa hipótese.
– O que o governo fará para compensar essa redução de impostos é a redução de incentivos fiscais. Em nenhum momento o governo trabalha com a hipótese de aumento de impostos – apontou.
A declaração foi dada durante uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A mesma informação foi dada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante coletiva sobre a greve dos caminhoneiros. Ele informou que o governo vai reduzir os incentivos fiscais.
Leia também1 Governo: Protestos restantes têm intenções políticas
2 Greve de caminhoneiros no Chile derrubou o presidente