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Governo pode subir impostos para compensar diesel

Ministro da Fazenda destacou que recursos para compensar perda de arrecadação terão que vir de outro lugar

Henrique Gimenes - 28/05/2018 14h51 | atualizado em 29/05/2018 14h50

Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que impostos podem subir para compensar redução no diesel Foto: José Cruz / Agencia Brasil

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou, nesta segunda-feira (28), que pode ser necessário aumentar os impostos para garantir a redução do preço no diesel. Na noite deste domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou uma série de medidas na tentativa de acabar com a greve dos caminhoneiros, entre eles a diminuição em R$ 0,46 no preço do combustível.

Do total, R$ 0,30 será da manutenção do desconto de 10% feito pela Petrobras. Já R$ 0,16, virão do corte de tributos, a Cide e o PIS-Cofins. De acordo com o ministro, o corte realizado pela Petrobras terá um custo de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos, já que a União pagará pelo subsídio.

Já a perda de arrecadação com a redução dos impostos será de cerca de R$ 4 bilhões. Parte deles virá da reoneração da folha de pagamentos, mas será necessário alguma outra medida para compensar a perda de arrecadação.

– Isso não é aumento da carga tributária, é um movimento compensatório previsto na lei – destacou.

O custo total será de R$ 13,5 bilhões para a União.

RESPOSTAS DOS CAMINHONEIROS
Após o anúncio do presidente, três associações da categoria se mostraram satisfeitas e afirmaram que irão encerrar a paralisação. São elas: Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e Movimento dos Transportadores de Grãos de Mato Grosso. Os motoristas começaram a deixar as estradas na manhã desta segunda.

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) afirmou que irá se reunir com o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), antes de tomar uma decisão.

O Sindicato dos Transportadores de Cargas Autônomos de Goiás afirmou que também só tomará uma decisão após acertos com o governador do estado, José Eliton (PSDB).

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e o Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos informaram que não veem a greve como encerrada.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União em uma edição extra na noite deste domingo e precisa passar por regulamentação pelo conselho de administração da Petrobras. A reunião na estatal está marcada para esta terça-feira (29).

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