‘Grande impacto ambiental’, diz Barroso sobre voto auditável
Ministro apresenta mais um argumento a favor do sistema de votação atual
Monique Mello - 03/08/2021 11h46 | atualizado em 03/08/2021 13h00
No discurso de abertura dos trabalhos do TSE para o segundo semestre, na segunda-feira (2), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do tribunal, rebateu as recentes acusações de fraude eleitoral feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Assim como o presidente do STF, Luiz Fux, Barroso não chegou a mencionar o nome de Bolsonaro em nenhum momento e disse que trata os ataques e acusações com “indiferença”.
Ao defender novamente o sistema de votação eletrônica, o ministro argumentou que o voto impresso teria custo altíssimo e grande impacto ambiental, uma vez que o Brasil conta com 150 milhões de eleitores.
De acordo com Barroso, as urnas com as cédulas também precisariam ser transportadas e armazenadas durante semanas, o que cria a possibilidade de sumiço e supressão.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135/2019, do voto auditável, está em tramitação na Câmara e deverá passar por votação nesta quinta-feira (5).
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