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Recém-nascida enterrada viva recebe alta do hospital

A menina aguarda a decisão da Promotoria de Justiça para voltar para casa

Camille Dornelles - 10/07/2018 09h32 | atualizado em 10/07/2018 10h07

Bebê indígena recebeu alta Foto: Divulgação/Polícia Militar de MT

A bebê Analu Paluni Kamayura Trumai, a recém-nascida enterrada viva por sua bisavó, recebeu alta do hospital nesta segunda-feira (9). A menina foi internada na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, no Mato Grosso.

O centro de saúde já havia informado que a recém-nascida passou a respirar e se alimentar sem auxílio de aparelhos. A menina se chama e passou por uma cirurgia no dia 3 de julho para a retirada de um cateter após ter uma melhora em suas funções renais.

Agora, cabe à Promotoria de Justiça decidir quem terá a guarda da menina. Assim que o procurador Paulo Prado, responsável pelo caso, escolher o guardião, ela poderá sair do hospital.

Sua bisavó Kutsamin Kamayura, de 57 anos, e a avó Tapoalu Kamayura, de 33 anos, foram condenadas por tentativa de homicídio. Elas responderão em regime aberto com tornozeleira eletrônica.

O CASO
No dia 5 de maio, a criança foi resgatada com vida após passar cerca de sete horas em uma cova com 50 centímetros de profundidade na cidade de Canarana. Policiais conseguiram chegar ao local após uma denúncia anônima.

A bisavó da bebê, Kutz Amin, de 57 anos, disse que a menina não chorou após o parto e, por conta disso, ela pensou que estivesse morta. Seguindo os costumes da comunidade indígena, ela enterrou o corpo no quintal e não comunicou as autoridades. A mulher acabou sendo presa.

A avó da criança, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, também foi detida. A polícia chegou a conclusão de que elas premeditaram e planejaram juntas enterrar a recém-nascida.

Na época, a família disse que a mãe da criança, de 15 anos, teria tido a bebê no banheiro de casa, mas que ela havia caído e batido a cabeça após nascer. De acordo com Damares Alves, representante da ONG ATINI, a mãe da criança é de uma etnia do Parque Nacional do Xingu onde não se permite mães solteiras. Damares explicou ainda que as mães sofrem ao enterrar as crianças, mas atendem ao costume.

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