Leiliane Lopes - 28/04/2024 17h06 | atualizado em 29/04/2024 16h21

A professora de Direito e ex-deputada estadual Janaina Paschoal comentou o caso envolvendo um casal cristão dono de um ateliê que confecciona convites de casamento, que se recusou a atender um casal homossexual. Acusados de homofobia, os empresários passaram a sofrer ataques nas redes sociais.

Para a especialista em Direito, o caso não é homofobia por não se tratar de incitação a violência contra homossexuais.

– O casal evangélico não estimulou qualquer tipo de violência, não impediu o casal de buscar outros prestadores de serviços e teve a honestidade de expor suas razões. E cabe frisar que se tratava justamente de um serviço envolvendo o casamento de pessoas do mesmo sexo, ponto central para os evangélicos – escreveu Janaina Paschoal no X.

Ainda que discorde da visão dos evangélicos de considerar a prática homossexual como pecado, a professora da Universidade de São Paulo (USP) entende que é impossível pressionar os religiosos para apoiarem a causa.

– O Brasil é plural e, ainda que eu não concorde, para algumas pessoas, a homossexualidade é um pecado. Não temos como colocar o contrário, à força, em suas mentes. O que querem? Apedrejamento em praça pública? Reitero o conselho de que os próprios evangélicos discutam uma mudança de comportamento, para evitar problemas. Mas é preciso olhar esse caso com menos sangue nos olhos. Eles poderiam ter mentido. Decidiram falar a verdade. Isso mostra a falta de qualquer consciência da potencial ilicitude.

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