Bisavó e avó de bebê enterrada viva usarão tornozeleiras
Criança indígena permanece internada em hospital
Jade Nunes - 22/06/2018 13h39
A Justiça de Mato Grosso emitiu uma decisão dizendo que as indígenas Kutsamin Kamayura, de 57 anos, e Tapoalu Kamayura, de 33 anos, bisavó e avó da bebê enterrada viva, devem ser monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.
A Polícia Civil acredita que as mulheres premeditaram e planejaram enterrar a recém-nascida. Kutsamin chegou a alegar à polícia que enterrou a menina por acreditar que ela estivesse morta.
Após a investigação, os agentes concluíram que elas não aceitavam a bebê por ser filha de mãe solteira e o pai ser de outra etnia. O enterro da criança também não estaria ligado aos costumes indígenas.
Ao decretar a prisão, a Justiça ordenou que a bisavó e a avó cumprissem a medida na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Gaúcha do Norte, a 595 km de Cuiabá. Como o local está abandonado, elas irão para outra aldeia e terão que usar a tornozeleira.
A criança está internada na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá desde o dia 6 de junho.
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