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Fragmentos de óleo reaparecem no litoral do Nordeste

"Material estaria sedimentado no leito ou preso em corais e chegou à areia das praias por conta de uma combinação de fatores meteorológicos que revirou o fundo e soltou fragmentos", informou nota da Semas

Pleno.News - 26/06/2020 22h00 | atualizado em 26/06/2020 22h11

Fragmentos de óleo reaparecem no litoral do Nordeste Foto: Reprodução/ Tamandaré Oficial

Após nove meses do derramamento de petróleo que atingiu o litoral do Nordeste e parte do Sudeste, pequenos fragmentos de óleo foram encontrados neste fim de semana em três praias de Pernambuco e duas de Alagoas.

Órgãos ambientais acreditam que o material estava sedimentado no fundo do mar ou preso em corais. Com fortes ondulações, as partículas de óleo se desprenderam e foram levadas para a areia da praia.

Em Pernambuco, o piche atingiu as praias de Tamandaré, Cupe e Muro Alto, no litoral sul. As duas últimas são vizinhas à famosa praia de Porto de Galinhas. A Marinha comunicou que, no dia 19 de junho, também foram encontrados vestígios nas praias da Lagoa do Pau e da Lagoa Azeda, no litoral de Alagoas.

Na manhã de segunda-feira (22), técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) de Pernambuco, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) coletaram no litoral pernambucano material para análise em laboratório.

Em nota, a Semas afirmou que, conforme as primeiras avaliações técnicas, os fragmentos encontrados são provenientes de manchas de petróleo que atingiram parte do litoral brasileiro a partir de agosto do ano passado.

– Esse material estaria sedimentado no leito ou preso em corais e chegou à areia das praias por conta de uma combinação de fatores meteorológicos que revirou o fundo e soltou fragmentos – disse a nota.

A região onde o piche foi encontrado registrou as chamadas marés de sizígia, que geram grandes variações. Há também uma maior intensidade das correntes marítimas devido à época do ano e ventos fortes.

Os órgãos ambientais orientaram os municípios a recolher os fragmentos, acondicioná-los em tonéis e encaminhá-los para aterros industriais ou destinados à reciclagem.

O biólogo Clemente Coelho Júnior afirmou que o aparecimento de fragmentos de petróleo era esperado.

– O óleo não desapareceu. Está preso nos corais e no fundo do mar. Volta e meia, ele vai reaparecer. É preciso ficar atento – avaliou.

No ano passado, grandes manchas de óleo atingiram os nove estados do Nordeste e mais os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, no Sudeste. Os primeiros fragmentos foram localizados na Paraíba em 30 de agosto de 2019.

No início deste ano, o Ibama afirmou que o vazamento poluiu 1.004 localidades. A Marinha ainda não apontou a origem do derramamento de óleo.

*Folhapress

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