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Dupla que “mora” em McDonald’s tem histórico de calotes e despejo

Susane e Bruna chegaram a ser condenadas por falta de pagamento de aluguéis, no RS e no RJ

Thamirys Andrade - 26/04/2024 12h20 | atualizado em 26/04/2024 21h05

Mulheres que moram no McDonald’s Foto: Reprodução / CBN

Esta semana, a história de duas mulheres que “moram” no McDonald’s do Leblon, Rio de Janeiro, há três meses, chamou a atenção de pessoas em todo o país. Naturalmente, muitas perguntas surgiram sobre o caso, e já há resposta para boa parte delas.

Segundo apuração da CBN, as duas mulheres misteriosas chamam-se Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori Geremia, de 31 anos. Mãe e filha, elas foram condenadas no Rio Grande do Sul e também no Rio de Janeiro por não pagarem aluguel em diversas moradias pelas quais passaram. Elas ainda tiveram seus nomes incluídos no Serasa em fevereiro deste ano.

Em Porto Alegre (RS), foram identificados ao menos dois casos de calote aplicados pela dupla. Já no Rio de Janeiro, há no mínimo três contratos de aluguel descumpridos.

Em 2017, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul chegou a condená-las por ficarem quatro meses sem pagar pela moradia onde residiam, acumulando uma dívida de quase R$ 10 mil.

Já no Rio de Janeiro, havia processos em aberto contra Susane e Bruna desde 2019. Em um dos casos, a Justiça as condenou e despejou, devido a um calote de R$ 13,2 mil.

Em outro julgamento, por outro lado, o juiz responsável avaliou que as rés não tinham dinheiro para arcar com a dívida, caracterizando, portanto, uma situação de hipossuficiência.

Em todos os casos judiciais contra elas identificados, a Justiça teve dificuldades para notificá-las, chegando a recorrer ao Tribunal Eleitoral na tentativa de conseguir o endereço e telefone da dupla.

HISTÓRICO TRABALHISTA
Ainda de acordo com a apuração da CBN, os empregos de Bruna duravam apenas alguns meses. Ela chegou a trabalhar em restaurantes, padaria, hotel e até como professora de idiomas, visto que se apresenta como fluente em inglês, espanhol, além de compreender um pouco de francês.

No caso de Susane, há poucas informações sobre seu histórico de trabalho. Sabe-se, porém, que ela se casou com um homem que atualmente reside no Reino Unido e que foi sócia junto com ele de uma empresa de comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, além de defensivos agrícolas e adubos. O empreendimento foi registrado em Porto Alegre.

PEREGRINAÇÃO PELO RIO
Além do McDonald’s, Susane e Bruna já passaram temporadas em outros locais da capital carioca, incluindo a Rodoviária do Rio, na região central. Segundo relatado pela própria rodoviária, a mãe e a filha permaneceram no local entre o fim de 2022 e o começo de 2023.

Atualmente, as duas mulheres utilizam o McDonald’s no bairro do Leblon como moradia. Há cerca de três meses, elas passam o dia inteiro na lanchonete, fazem refeições no local e só saem no horário em que as portas se fecham, às 5h da manhã.

Identificadas como Suzy e Bruna, elas dormem sentadas na calçada junto de suas malas, aguardando a reabertura do estabelecimento, que ocorre às 10h da manhã. E assim, a rotina recomeça.

Inédito, o caso virou tema de debate interno no McDonald’s. Em reunião nacional, representantes das franquias se disseram perplexos com o caso e avaliam quais medidas tomar. O departamento jurídico analisa a possibilidade de processar Suzy e Bruna por abuso do consumidor.

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