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Princípios para a sustentação da família – última parte

Casar é conhecer, e só há conhecimento e intimidade quando homem e mulher se descobrem um para o outro

Josué Gonçalves - 22/09/2018 08h15

Queridos leitores do Pleno.News, semana passada conversamos sobre os princípios que sustentam uma família. E hoje quero finalizar este assunto. Vamos juntos?

UNIÃO CARNAL – PROCRIAÇÃO E RECREAÇÃO
“… tornando-se os dois uma só carne…” (Gênesis 2:24c).

PROCRIAÇÃO – (UNIÃO FÍSICA – BIOLÓGICA )
Um dos aspectos funcionais do casamento é a perpetuação da raça humana, isso está explicitado em Gênesis 1:28b: “Deus os abençoou, e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!…”

Há casais que fazem a opção radical de não ter filhos, essa decisão pode no futuro ser a causa de conflitos, desajustes e infelicidade conjugal. Filhos são herança do Senhor (Salmo 127:3) e trazem equilíbrio na relação do casal. Tê-los não é opcional, é uma necessidade. Quando o casal, em função de um problema de infertilidade, não pode gerar filhos biológicos, eis uma grande oportunidade para gerar a partir do coração (adoção). Casais que adotam crianças repetem o gesto de Deus, pois Ele só tem um filho legítimo (Jesus), os demais são todos adotados, inclusive eu e você (Romanos 8:15).

RECREAÇÃO – (UNIÃO EMOCIONAL)
Não se pode negar a volúpia sexual (Provérbios 5:19). A satisfação que o sexo fornece é o prazer obtido da reafirmação do preito original do mútuo amor. Sem o prazer do sexo, sem a união física, o casamento se torna platônico, estéril e ilusório.

A Bíblia é muito rica quando se trata do prazer proporcionado pelo ato conjugal. Há um texto em Provérbios que, numa linguagem figurada, ensina como o casal deve usufruir desta bênção planejada por Deus aos seus filhos: “Beba das águas da sua cisterna (fidelidade), das águas que brotam do seu próprio poço. Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (Provérbios 5:15-19).

Paulo, o apóstolo, também se preocupou com o ajustamento sexual dos casais da igreja de Corinto, pois só assim eles estariam fortalecidos para vencer as tentações. Gosto da maneira clara como ele coloca o assunto: “O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio” (1 Coríntios 7:3-5).

O que Paulo está dizendo é que o ajustamento sexual do casal é a melhor maneira para se prevenir contra os pecados sexuais.

INTIMIDADE – TRANSPARÊNCIA
“O homem e sua mulher viviam NUS, e não sentiam vergonha” (Gênesis 2:25).

Casar é conhecer, e só há conhecimento e intimidade quando homem e mulher se descobrem um para o outro no relacionamento conjugal. Essa nudez na relação de casal deve ser mais do que física, precisa ser emocional, psicológica e espiritual.

Conheço casais que dormem na mesma cama e até se relacionam sexualmente, mas vivem como dois estranhos, não há intimidade, não se conhecem. Quando é que o cônjuge se desnuda interiormente para que o(a) parceiro(a) o conheça? Quando se constrói uma relação de confiança e de amizade dentro do casamento. Ninguém abre as gavetas da intimidade da sua alma para uma pessoa que não inspira confiança. A falta de liberdade e segurança faz os casais deixarem de crescer em intimidade.

Quando o casal procura desenvolver e aprofundar o compromisso de amizade e confiança na relação, os dois crescem em intimidade e fortalecem o casamento.

CONCLUSÃO
Quando esses quatro princípios: independência grata, fidelidade na preservação da unidade (apresentados semana passada), união sexual ajustada e intimidade física, emocional e espiritual, são levados a sério, não tem como o casal não ser feliz, contando sempre com a bênção do Senhor no relacionamento.

Termino dizendo a vocês que o meu sonho é ver o maior número possível de famílias caminhando debaixo da graça do Senhor!

Josué Gonçalves é terapeuta familiar, escritor, pastor e apresentador do programa Família Debaixo da Graça, transmitido pela RedeTV!. Trabalha com o tema Família há 27 anos. Seu trabalho pode ser conhecido no site Amo Família.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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