Pais que recusaram “sangue vacinado” perdem guarda
Criança ficará sob tutela do tribunal até se recuperar de cirurgia cardíaca
Monique Mello - 11/12/2022 10h44 | atualizado em 12/12/2022 12h15
Um bebê de seis meses, cujos pais haviam proibido uma cirurgia de urgência por receio de que os doadores tivessem sido vacinados contra a Covid-19, terá sua guarda assumida temporariamente pelo Supremo Tribunal da Nova Zelândia. Um juiz decidiu que a criança permanecerá sob a tutela do tribunal até que se recupere da cirurgia, que foi realizada nesta sexta-feira (9).
O bebê, que tem sido chamado pelo tribunal como “Bebê W”, está internado no hospital Starship de Auckland e se recupera bem do procedimento. A operação foi para corrigir um problema cardíaco conhecido como estenose pulmonar valvar.
O procedimento cirúrgico havia sido adiado porque os pais não querem que a criança receba qualquer transfusão de sangue que seja proveniente de doadores que receberam vacinas contra a Covid-19 de RNA mensageiro, como as da Pfizer e da Moderna.
No entanto, o tribunal nomeou dois médicos como seus agentes para supervisionar questões relacionadas à operação e à administração de sangue, de acordo com documentos do tribunal.
Sue Grey, advogada dos pais da criança, contou ao The Guardian que eles não irão recorrer da decisão judicial e priorizaram um “momento tranquilo com o bebê até a operação e apoiá-lo durante a operação”.
A tutela médica durará até a recuperação pós-operatória do bebê, prevista para janeiro de 2023. De acordo com a sentença do juiz, os pais permanecem como tutores “para todos os outros propósitos” e serão “informados sobre a natureza e o progresso da condição e tratamento do Bebê W”.
Leia também1 Jornalista barrado por camisa LGBT morre após passar mal
2 Governador da Flórida culpará marcas por efeitos das vacinas
3 Covid: China relaxa restrições à mobilidade após protestos
4 Ex-chanceler testa positivo para Covid dias após encontrar Lula
5 Covid: STF volta a exigir o uso de máscaras em suas dependências