Leiliane Lopes - 30/04/2024 15h04 | atualizado em 06/05/2024 21h11

O advogado Paulo Faria, que defende o ex-deputado federal Daniel Silveira, irá aos Estados Unidos denunciar os abusos cometidos no caso de seu cliente. O destino do defensor é a capital norte-americana, Washington D.C., onde ele deve se encontrar com congressistas. As informações são da Oeste.

Faria também será recebido na Comissão Interamericana de Direitos Humanos e, depois, pretende ir à Europa, para levar o caso ao Tribunal de Haia, na Holanda, para falar não apenas da prisão do ex-parlamentar, mas também para denunciar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Silveira foi preso em 2022 após publicar um vídeo dizendo que se imaginava agredindo fisicamente os ministros do STF e os desafiou a prender o general de Exército Eduardo Villas Bôas por declarações críticas ao julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo tribunal. O deputado ainda fez referência à cassação de juízes do Supremo pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5) durante a ditadura militar.

O defensor do ex-deputado tem feito algumas denúncias contra Moraes. Entre elas, negar conversa privada entre o advogado e seu cliente. A conversa em sala reservada está prevista em lei.

Em março deste ano, Faria chegou a pedir que o ministro seja preso por tortura, por impedir que seu cliente cumpra a pena em regime semiaberto.

– Daniel Silveira está há 200 dias preso além do prazo legal para progressão de regime ao semiaberto. 200 dias preso ilegalmente! Todos os dias, vou denunciar essa ilegalidade de Alexandre de Moraes. 200 dias preso ilegalmente! Isso é para que todos saibam que esse cidadão não respeita nenhuma lei, a Constituição e muito menos a advocacia – escreveu Faria no X.

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