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IML: Maluf tem doença grave, mas pode ficar preso

Para os peritos, Complexo Penitenciário da Papuda pode prestar tratamento ao deputado

Henrique Gimenes - 26/12/2017 17h16 | atualizado em 26/12/2017 17h55

 

IML diz que deputado Maluf tem doeça grave, mas pode ficar preso Foto: Câmara dos Deputados/Leonardo Prado

O laudo da perícia feita no deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), no Instituto Médico Legal (IML) de Brasília, afirma que o parlamentar tem uma doença grave e permanente, mas que o Complexo Penitenciário da Papuda, onde ele está preso, tem condições de prestar tratamento. A perícia foi realizada na última sexta-feira (22).

O documento aponta que o parlamentar presenta alterações degenerativas “avançadas” da coluna lombar e adenocarcinoma metastático de próstata, que é um tipo de câncer. Diz ainda que ele precisa ter “acompanhamento ambulatorial especializado”.

A defesa afirma que Maluf sofre de problemas de saúde, entre eles câncer de próstata, hérnia de disco, problemas cardíacos e movimentos limitados. Com base nisso, seus advogados pediam que sua prisão fosse convertida em domiciliar.

O laudo foi enviado à Vara de Execuções Penais (VEP), que irá decidir sobre o pedido. Para os advogados do deputado, “uma negativa da prisão domiciliar fatalmente impõe graves prejuízos à saúde do parlamentar, além de significar sofrimento desnecessário e desproporcional a um cidadão de 86 anos de idade, em claro ataque à dignidade da pessoa humana”.

Paulo Maluf se entregou a Polícia na quarta-feira (20), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinar, na terça-feira (19), que o deputado cumprisse sua pena de sete anos, nove meses e dez dias de prisão. O parlamentar foi condenado pelo Supremo em maio pelo crime de lavagem de dinheiro.

Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), o deputado teria usado contas no exterior para lavar recursos desviados da Prefeitura de São Paulo entre 1993 e 1996, período em que foi prefeito da cidade. Os recursos teriam vindo da construção da Avenida Água Espraiada, que hoje é chamada Avenida Roberto Marinho. Os procuradores estimam que tenham sido movimentados US$ 170 milhões.

Juiz nega pedido de perícia contratada

Ainda nesta terça-feira (26), o juiz Bruno Aielo Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, negou pedido feito pela defesa de Maluf para que um perito particular fizesse uma avaliação médica sobre suas condições.

Em sua decisão, o juiz afirma que “já havia autorizado a indicação de assistente técnico para acompanhar a perícia, que seria realizada no mesmo dia, circunstância que já era de conhecimento dos nobres advogados”.

Diz ainda que “mesmo sabedora da urgência do caso e da realização da perícia naquela data, achou por bem a Defesa indicar assistentes técnicos da cidade de Taquara, estado do Rio Grande do Sul, o que, como era de se esperar, impossibilitou sua chegada em tempo de acompanhar o trabalho dos peritos oficiais”.

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