Gabriela Doria - 05/05/2021 00h11 | atualizado em 05/05/2021 10h05

A deputada federal Flordelis dos Santos Souza e mais nove acusados da morte do pastor Anderson do Carmo serão submetidos à decisão de um júri popular. A decisão é da juíza Nearis Arce, do 3º Tribunal do Júri de Niterói. A magistrada entendeu que apenas Lucas Cezar dos Santos Souza, filho adotivo de Flordelis e Anderson, e Flávio dos Santos Rodrigues, não devem passar pelo júri popular pela acusação de associação criminosa.

Lucas é apontado como a pessoa que forneceu a arma do crime. Já Flávio é indicado como autor dos disparos que mataram Anderson.

A deputada Flordelis, apontada como a mentora do assassinato de Anderson, foi denunciada por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio duplamente qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada.

Apesar das acusações, a deputada não teve a prisão expedida porque possui imunidade parlamentar. Como deputada, ela só poderia ser presa em flagrante por crime inafiançável.

Além de Flordelis, vão a julgamento: Marzy Teixeira da Silva; Simone dos Santos Rodrigues; André Luiz de Oliveira, o “Bigode”; Carlos Ubiraci Francisco da Silva, o “Neném”; Rayane dos Santos Oliveira; Flávio dos Santos Rodrigues; Adriano dos Santos Rodrigues; Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa.

A magistrada também decidiu manter a prisão de todos os acusados. Segundo a juíza, “não houve modificação da situação de fato que justificasse sua alteração”.

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