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Monique pediu dinheiro a Jairinho após ser agredida

Professora tinha decidido se separar dele cinco dia antes da morte do filho

Gabriela Doria - 04/05/2021 23h45 | atualizado em 05/05/2021 10h12

Monique Medeiros e o vereador Dr. Jairinho viviam rotina de violência doméstica Foto: Reprodução

O conteúdo das mensagens recuperadas pela Polícia Civil do Rio no celular da babá Thayna de Oliveira Ferreira mostrou que a professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, de 4 anos, tinha decidido se separar do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), cinco dias antes da morte do filho.

Em conversa com o pai, Thayná revelou que o casal havia brigado e que Monique foi agredida pelo parlamentar. Após a agressão, a professora arrumou as malas de Jairinho e pediu para ele deixar imóvel. No entanto, Monique queria que o vereador continuasse “pagando as coisas dela”, caso contrário, ela iria “f**** ele”.

Ainda na conversa, Thayna revela que chegou para trabalhar, e a família ainda estava dormindo. Como a empregada doméstica não estava no local, ela começou a lavar a louça. “Geralmente tem gim, vinho, uísque. Mas dessa vez não tinha nada. Então, quer dizer, nem bêbado estava”, relatou ela ao pai, referindo-se a Jairinho.

Questionada se “Jairinho e Monique estão bem ou se deu m****”, a babá afirma: “Vão se separar”.

– As malas dele estão lá. Já para ele pegar – disse a babá, recebendo do pai a mensagem: “Amanhã tudo volta pro lugar. São doidos”.

E Thayna segue.

– Ele bateu nela. Enforcou. E aí ela disse que ele vai sair. Mas que vai ficar pagando as coisas dela. Se não ela vai f… ele. Aí ele está com o rabo entre as pernas. E disse que tá. Aí passou o dia todo ligando pra ela. Conversando, chamando de amor. Como se nada tivesse acontecido. E ela falando que ela não esqueceu não. Que foi a segunda vez que ele fez. A casa tá com as paredes toda suja (sic). Ele quebrou as malas dela. Ele chutava tudo que ela dizia – disse.

O pai da babá insiste: “Amanhã ela volta. Chora”. Ao que Thayna responde: “Mas ela disse que não quer ouvir ninguém. Que está de saco cheio”.

POLÍCIA PEDE PRISÃO DE MONIQUE E JAIRINHO POR HOMICÍDIO E TORTURA
A Polícia Civil do Rio concluiu a investigação do assassinato de Henry Borel nesta segunda-feira (3), dia em que o menino completaria cinco anos de idade. Os investigadores pedem a prisão preventiva do vereador Dr. Jairinho (sem partido) e da pedagoga, Monique Medeiros, respectivamente padrasto e mãe da criança.

Monique e Jairo Souza foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e recursos que dificultaram a defesa da vítima. O inquérito será encaminhado Ministério Público do Rio nas próximas horas.

Em carta ao delegado, Monique Medeiros “implorou” pela chance de um novo depoimento. Ela diz ter sido manipulada e treinada para mentir e alegou que estava em um relacionamento abusivo.

– Não quero fugir das minhas responsabilidades, mas quero ser julgada pelo que é certo, contribuindo e fazendo todo o possível para ajudar em tudo que eu puder! Me dê mais uma chance. Eu imploro! – escreveu.

Porém, as autoridades concluíram que uma nova versão da mãe do menino não mudaria o curso da investigação.

Jairinho e Monique estão presos desde 8 de abril, após tentativas de atrapalhar a investigação do assassinato de Henry. A criança morreu aos 4 anos de idade no dia 8 de março, no apartamento do casal, na Barra da Tijuca (RJ). As investigações apontaram que a vítima sofreu 23 lesões na noite de sua morte e que vivia uma rotina de agressões por parte do padrasto.

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