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Entenda! O que se sabe sobre a morte do garoto Henry Borel

A morte é cercada de circunstâncias suspeitas por conta dos ferimentos encontrados pelos peritos no corpo da criança

Paulo Moura - 19/03/2021 08h52 | atualizado em 19/03/2021 09h20

Menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no último dia 8 de março Foto: Reprodução

A morte do pequeno Henry Borel Medeiros, de apenas 4 anos, que chegou já sem vida a um hospital na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada do último dia 8 de março, ainda intriga a todos por conta das circunstâncias do fato. Deixado na casa da mãe completamente saudável, a criança deu entrada no centro médico com hemorragias e edemas graves.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso, que tem entre os envolvidos o vereador da cidade do Rio Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidaridade), e a namorada Monique, mãe da criança. Os dois já prestaram depoimento, mas alegam que ouviram um barulho na madrugada e encontraram o menino desacordado do quarto.

Para tentar explicar alguns pontos desse fato, o Pleno.News traz agora uma breve linha do tempo do que já foi dito e do que já se sabe sobre a morte da criança. Acompanhe:

A IDA PARA A CASA DA MÃE
Após ficar o fim de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, Henry foi deixado na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, na Barra da Tijuca, na noite do último dia 7 de março, um domingo. Monique estava com o namorado, Jairo Souza Santos, o vereador do Rio Dr. Jairinho (Solidariedade).

Separado desde setembro da professora Monique Almeida, Leniel contou que as idas do filho para a casa da mãe eram sempre cercadas de muito nervosismo por parte de Henry, que chegava até a vomitar, o que também aconteceu na noite do último domingo. O engenheiro, porém, disse acreditar que a reação era “normal”.

– Quando eu fui entregar para mãe, ele chorava muito, não queria ir, me agarrou. Uma coisa que acontecia, [era] normal, toda vez que ele ficava nervoso, ele vomitava. Ele vomitou. Eu estava entendendo que era uma reação normal da criança – disse Leniel.

O QUE A MÃE E O PADRASTO ALEGAM TER ACONTECIDO
Para a polícia, Monique e Jairinho contaram que ouviram um barulho durante a madrugada do dia 8 e encontraram o menino desacordado no quarto. O pai do menino relatou que, segundo a ex-mulher, a criança estava com os olhos revirados e já com dificuldade de respirar. O casal levou Henry para o Hospital Barra D’Or. Monique ligou para o ex-marido, avisando do incidente.

Entretanto, segundo o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a criança já deu entrada no hospital sem vida e apresentava lesões no crânio, no estômago, no fígado e nos rins, além de várias manchas roxas. O laudo do IML apontou “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado], causada por uma ação contundente [violenta]”, como causa da morte.

O QUE INDICAM AS LESÕES NO MENINO
De acordo com peritos ouvidos por diversos veículos de comunicação, não é possível que as lesões tenham sido causadas por uma queda da cama ou de algum item presente dentro do quarto do garoto. Segundo o perito legista Carlos Durão, ouvido pela TV Globo, os machucados no corpo de Henry são observados em casos de acidentes de trânsito.

– Uma queda de uma altura baixa é pouco provável que esteja na origem dessas lesões traumáticas – afirmou o perito.

O médico legista aposentado Talvane de Moraes, por sua vez, acrescenta que há lesões em áreas diversas do corpo, “o que uma queda não proporcionaria”.

– Pode haver equimoses [manchas], mas em regiões onde o corpo colidiu com o chão. Acho difícil colidir cabeça, fígado, pulmão, rim e abdômen [de uma vez só] – explicou Moraes.

Questionado se os ferimentos seriam resultado de uma tentativa de reanimação, Moraes ressaltou que isso seria improvável, já que as partes que geralmente são machucadas em um processo do tipo não estavam lesionadas.

– Numa reanimação, às vezes a força aplicada pode fraturar o tórax ou a costela, dependendo da estrutura esquelética da vitima. No Henry não tem nada disso – completou.

A INVESTIGAÇÃO DO CASO
Até a quinta-feira (18), a polícia se limitou a dizer que está investigando o caso. O pai de Henry depôs no dia 8 de março mesmo, dia da morte do filho. Já Monique e Dr. Jairinho passaram 12 horas depondo em salas separadas na 16ª DP (Barra da Tijuca) e deixaram a delegacia às 2h30 de quinta-feira (18), sem falar com a imprensa.

Ao jornal Extra, Dr. Jairinho enviou uma nota na qual disse “estar triste”, “sem chão” e “suportando a dor graças ao apoio da família e dos amigos”. No comunicado, porém, o parlamentar não explicou maiores circunstâncias do fato.

– As autoridades apuram os fatos, e vamos ajudar a entender o que aconteceu. Toda informação será relevante. Por isso, acho prudente primeiro dizer na delegacia a dinâmica dos fatos, até mesmo para não atrapalhar os trabalhos desenvolvidos – completou.

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