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Avó materna orientou Lucas a não prejudicar Flordelis

Filho adotivo da parlamentar será levado a júri popular

Rafael Ramos - 10/11/2019 12h46 | atualizado em 10/11/2019 12h53

Lucas recebeu orientações da avó materna Foto: Reprodução

Indiciado pela morte do pastor Anderson do Carmo, Lucas Cézar dos Santos, de 18 anos, foi orientado pela avó materna a não prejudicar a mãe adotiva, a deputada federal Flordelis. Lucas, que irá a júri popular, foi interrogado sobre o assassinato na sexta-feira (8).

A solicitação para que Calmozina Motta, mãe de Flordelis, falasse com Lucas e Flávio partiu da defesa do filho biológico da parlamentar. O registro consta na sentença da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

Calmozina, de 86 anos, foi flagrada orientando Lucas a não falar sobre a conduta da mãe. Diante disso, a juíza determinou que a idosa não tenha mais contato com os netos. Ela caracterizou ser inaceitável que terceiras pessoas orientem os depoimentos dos réus em plena sala de audiência.

Flávio ainda aguarda o depoimento de Flordelis, que foi chamada pela defesa do filho para testemunhar a seu favor. Entretanto, a parlamentar pediu para ser ouvida pela Justiça do Distrito Federal, mas ainda não há hora e nem data marcadas. Só após o depoimento de Flordelis que a magistrada decidirá se leva Flávio a júri popular.

Lucas foi transferido para a Cadeia Pública Tiago Teles, em São Gonçalo, no dia 4 de novembro por determinação da juíza. Lá, ele ficará isolado dos demais presos.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do último dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos, de 38, estão presos desde o dia 17 de junho, um dia após o crime. Eles foram indiciados pela morte do pastor. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

A mãe de Anderson do Carmo, Maria Edna do Carmo, acredita no envolvimento da nora, Flordelis, na morte do pastor. A irmã de Anderson, Michele do Carmo, que recentemente morreu em decorrência de uma anemia, também acreditava que a deputada havia sido a mandante do crime.

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