Decisão pode soltar médico que estuprou 37 mulheres
Roger Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão
Rafael Ramos - 10/11/2019 11h07 | atualizado em 10/11/2019 11h19

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a prisão em segunda instância, que soltou o ex-presidente Lula, pode beneficiar 4.800 presos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, os tais começaram a cumprir pena depois da condenação em segunda instância.
Dentre os condenados que podem ser beneficiados estão nomes como Gil Rugai, acusado de matar o pai e madrasta, o DJ Renan da Penha e o médico Roger Abdelmassih. Especialista em reprodução humana, Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 mulheres.
Preso em 2014, o médico chegou a ter autorização para cumprir a pena em regime domiciliar. O benefício foi concedido pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Justiça de Taubaté (SP). Na época, foi alegado que o regime carcerário poderia agravar o estado de saúde debilitado do médico.
Em outubro deste ano, o benefício foi revogado após perícia médica. A juíza Andréa Barreira Brandão, da 3ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de São Paulo, atestou que o réu tinha condições de fazer seu tratamento de saúde em regime fechado. Roger Abdelmassih cumpre pena no Hospital Penitenciário de São Paulo.

O caso do médico inspirou a série Assédio, lançada pela Globoplay em setembro de 2018. Criada por Maria Camargo e dirigida por Amora Mautner, a produção contou com um grande elenco para relatar os estupros sofridos pelas pacientes no consultório de Abdelmassih.
Leia também1 Doria: "É a hora de lutarmos pela mudança constitucional"
2 Brasileiros lotam as ruas em protesto contra decisão do STF
3 Indignado, Onyx cita a Bíblia ao criticar soltura de Lula