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Chanceler defende flexibilização de regras do Mercosul

Atualmente, acordos que envolvam tarifas só podem ser negociados pelo bloco conjuntamente

Pleno.News - 02/03/2021 17h07 | atualizado em 02/03/2021 17h18

Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo Foto: EFE/Joédson Alves

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu a flexibilização de regras do Mercosul para permitir que os países do bloco negociem acordos com outras nações de forma individual. Hoje, acordos que envolvam tarifas só podem ser negociados pelo Mercosul conjuntamente.

O ministro rebateu ainda acusações de que sua gestão à frente da diplomacia brasileira é “prejudicial aos interesses nacionais”, sobretudo na economia, e citou, para isso, o saldo comercial que cresceu nos últimos dois anos e o ingresso de investimentos estrangeiros.

– Estamos pensando na flexibilização do Mercosul para termos mais velocidade na negociação de acordos quando há uma diferente disposição por parte de cada um do bloco – afirmou Araújo, em entrevista coletiva nesta terça-feira (2).

A expectativa no governo brasileiro é de que, no fim de março (quando está prevista uma reunião entre os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai), seja anunciada a intenção de mudar a resolução que impede que os integrantes do bloco negociem acordos com outros países sem a participação de todos os membros.

O chanceler disse hoje que a flexibilização pode acelerar acordos com “todas as economias que estejam dispostas a negociar e sejam relevantes” e citou como exemplo o Japão, a Índia, o Vietnã e a Indonésia.

– Estamos construindo uma rede de acordos comerciais de nova geração que permitirão uma transformação do próprio setor produtivo brasileiro – completou o ministro.

Araújo disse ainda que existe uma disparidade muito grande de produtividade entre o agronegócio e a indústria brasileira e afirmou que o setor industrial foi esquecido por governos anteriores “por questões ideológicas ou falta de competência”.

– Perdemos sucessivos bondes negociadores e a oportunidade de encaixar o Brasil nessas cadeias – acusou.

*Estadão

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