Militares aprovam não punir Pazuello e criticam Mourão
Segundo oficial ligado ao Planalto, vice-presidente "falou prematuramente"
Pleno.News - 03/06/2021 18h42 | atualizado em 04/06/2021 13h14
Um militar ligado ao Palácio do Planalto avaliou na tarde desta quinta-feira (3) que a decisão de não punir o general Eduardo Pazuello por ida à motociata do presidente Jair Bolsonaro no Rio não causará punição por “indisciplina ou insatisfação interna” no Exército.
De acordo com o oficial, as Forças Armadas estão “coesas”, e o vice-presidente Hamilton Mourão, precipitou-se ao explicitar que esperava que algum corretivo fosse dado a Pazuello. A apuração é do portal Metrópoles.
– O vice não tinha todas as percepções e falou prematuramente – assinalou o militar.
Falando em nome da corrente que defendeu a não punição do ex-ministro, o oficial disse que a repercussão do caso é grande na imprensa, mas que internamente os ânimos estão tranquilos após reunião com o comandante Paulo Sérgio.
– Não haverá problemas internos, e sim muita especulações na imprensa para atingir o real interesse de tudo isso: atingir o presidente. Desde o início, a imprensa se adiantou em classificar o ato como político. […] Não haverá consequências danosas nem politização nas Forças Armadas. Nada disso vai ocorrer. As Forças Armadas estão coesas, profissionais e “vacinadas” contra essas iscas da politicagem barata que muitos fazem.
O militar, porém, não nega que tenha havido uma corrente interna pela punição ao ex-ministro da Saúde, mas minimiza a discordância.
– Em tudo na vida existe a divergência de percepções. Neste caso, muita gente estava sem a totalidade das informações.
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