Rio: Próteses dentárias roubadas de cemitérios eram revendidas
Fábrica clandestina adquiria materiais pela metade do preço e revendia como se fossem novos
Thamirys Andrade - 02/02/2021 13h05 | atualizado em 02/02/2021 13h13
Autoridades do Rio interditaram uma fábrica de próteses dentárias, após descobrirem que o material era retirado do cemitério para ser reutilizado. A dupla responsável pelo espaço foi presa em flagrante pelos policiais Delegacia Especial de Crime contra o Consumidor (Decon).
– Recebemos a denúncia de que haveria um fábrica de dentaduras e próteses clandestina. Constatamos que boa parte da matéria-prima era reutilizada. Prosseguimos com as investigações e descobrimos um receptador que captava (com alguns coveiros, de forma clandestina), revendia para esse estabelecimento, e tudo era vendido para diversos consultórios odontológicos do Rio. A investigação continua para identificar os outros envolvidos – conta o delegado André Neves.
A empresa clandestina ficava no bairro de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio de Janeiro. Eles adquiriam o material de forma ilegal, na Região Metropolitana, e submetiam as próteses a um processo químico, a fim de fazer com que elas parecessem novas e fossem revendidas a clínicas odontológicas. As investigações apontam que a irregularidade acontecia há, pelo menos, três anos.
Dois cemitérios envolvidos no esquema foram identificados. Um fica em São Gonçalo; o outro, na Baixada Fluminense. A polícia busca novos endereços.
A dupla de crimes responderá por violações contra o consumidor e contra a saúde pública. Somadas, as penas podem chegar a seis anos de reclusão.
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