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Brexit: Deputados britânicos aprovam versão final da saída

Medida segue agora para aprovação da Câmara dos Lordes

Pleno.News - 10/01/2020 07h24 | atualizado em 10/01/2020 07h30

Parlamento do Reino Unido Foto: EFE/EPA/Jessica Taylor

O Parlamento britânico finalmente se livrou nesta quinta-feira (9) do fantasma que passou os últimos três anos assombrando seu plenário, o brexit. Com 330 votos a favor e 231 contrários, a Câmara dos Comuns (a Câmara baixa, a mais importante do Parlamento) aprovou em segunda votação o acordo de saída do país da União Europeia.

Com isso, o assunto agora seguirá para a Câmara dos Lordes e, depois, para a bênção da rainha Elizabeth II. Se tudo ocorrer como o planejado, essas duas etapas devem ser concluídas até o final do mês, antes de 31 de janeiro, data para a qual o brexit está marcado. A aprovação pelos deputados, porém, era considerada a etapa mais difícil de toda a longa negociação do divórcio com a Europa.

Foi, afinal, o fracasso em aprovar o acordo na Casa que derrubou a então primeira-ministra, Theresa May, fez o brexit ser adiado por três vezes e quase custou o cargo do atual premiê, Boris Johnson. Pressionado após ver os deputados rejeitarem repetidamente sua versão do acordo de saída no ano passado, Boris convocou uma eleição para o fim de 2019.

No pleito, seu Partido Conservador conquistou a ampla maioria das cadeiras do Parlamento, abrindo o caminho para a aprovação do pacto com tranquilidade. Já em 20 de dezembro, pouco após a eleição, os deputados aprovaram o texto em uma sessão histórica, na qual o premiê distribuiu autógrafos e citou William Shakespeare.

Pelas regras do Parlamento, ainda faltava uma segunda votação, que enfim foi realizada nesta quinta, após o recesso de Natal e Ano-Novo. Desta vez, porém, o tom foi menos solene e nem mesmo Boris participou muito da festa. Em vez disso, coube ao ministro responsável pelo brexit, Stephen Barclay, pedir aos deputados que aprovassem o texto. Boa parte da oposição trabalhista abandonou o plenário antes da proclamação do resultado.

Como nem a Câmara dos Lordes nem a rainha tem poderes para barrar a aprovação do acordo, as atenções agora devem se voltar para o Parlamento europeu, que ainda precisa aprovar o pacto. A expectativa é que isso aconteça até o fim de janeiro, mas Londres e Bruxelas ainda têm um assunto a resolver. Segundo o texto atual, a partir de 31 de janeiro vai ter início o chamado período de transição, que vai continuar até o final do ano.

A ideia é que nesse tempo os dois lados negociem um acordo comercial de longo prazo. O problema é que a UE já disse que não há tempo suficiente para fechar esse acordo comercial e defendeu que o período de transição seja ampliado até o final de 2021 ou 2022, como já está previsto no texto.

*Folhapress

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