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Justiça dos EUA condena avós por sequestro de neto

Casal de brasileiros foi considerado culpado por colaborar com a filha que fugiu com o menino para o Brasil

Ana Luiza Menezes - 25/05/2018 19h57

Justiça americana condenou casal brasileiro Foto: Jim Lo Scalzo/EFE

Um tribunal do estado norte-americano do Texas considerou os brasileiros Carlos e Jemima Guimarães culpados de sequestrar e levar o neto Nico Brann, de oito anos, para o Brasil.

Eles tinham sido presos em fevereiro quando foram passar férias em Miami, visto que há cinco anos tinham sido acusados de colaborar com o sequestro da criança.

A filha deles, Marcelle Guimarães, se separou do marido americano, Chris Brann, e viajou ao Brasil em 2013 com filho sob a promessa que voltaria aos Estados Unidos. Desde que ela conseguiu a custódia total da criança na Justiça Brasileira, o pai do menino fez várias tentativas de conseguir reaver o filho.

Brann é um médico americano que vive em Houston e levou o caso ao Congresso, pedindo que Washington aplicasse sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.

Agora, a expectativa é de que o casal seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão.

Durante o julgamento, os pais de Marcelle apresentou provas de que mostrava que ela estava fugindo de violência doméstica.

– Estamos abatidos – declarou o advogado dos Guimarães, Rusty Hardin.

Carlos e Jemima chegaram a ser absolvidos de outras acusações em um tribunal em Houston, mas o veredito caiu em terreno incerto quando o juiz disse que considerará a petição da defesa de anular a decisão de júri e absolver o casal de todas as acusações.

Um caso parecido provocou a aprovação, em 2014, da Lei Sean Goldman, baseada na história do menino que tinha sido levado ao Brasil pela mãe. A lei autoriza Washington a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas. Sean Goldman voltou aos Estados Unidos em 2009 por meio da Convenção de Haia, cinco anos depois de ter sido separado de seu pai, David Goldman.

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