EUA aprova uso emergencial de pílula da Pfizer contra Covid-19
O medicamento também foi aprovado pela agência reguladora europeia
Pierre Borges - 22/12/2021 17h05 | atualizado em 22/12/2021 17h14
A agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou nesta quarta-feira (22) o uso emergencial da pílula contra a Covid-19 da Pfizer. O medicamento, chamado Paxlovid, reduziu o risco de casos graves e internações em 89% dos infectados pelo coronavírus, no último estudo realizado.
O remédio é composto por comprimidos de nirmatrelvir e comprimidos de ritonavir, embalados juntos para uso oral e é recomendado para tratar casos de Covid em estado leve a moderado. A medicação é recomendada para maiores de 12 anos que pesem no mínimo 40 kg.
O uso do Paxlovid em caráter emergencial já havia sido aprovado pela agência reguladora europeia (EMA) na semana passada e agora se tornou o primeiro medicamento contra a Covid-19 aprovado pelos EUA.
De acordo com a FDA, a pílula é recomendada apenas a pessoas que testarem positivo para o novo coronavírus e possuírem “alto risco” de progressão para quadros graves da Covid. O medicamento só poderá ser comprado mediante apresentação de receita médica.
Em um comunicado, a médica Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro de Avaliação de Medicamentos do FDA e Pesquisa, disse que “a autorização de hoje apresenta o primeiro tratamento para Covid-19 na forma de uma pílula administrada por via oral; um grande passo na luta contra esta pandemia global”.
O tratamento com o Paxlovid deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico da doença e em até cinco dias após o início dos sintomas. Para Patrizia, “esta autorização fornece uma nova ferramenta para combater a Covid-19 em um momento crucial da pandemia, à medida que novas variantes surgem, e promete tornar o tratamento antiviral mais acessível aos pacientes que apresentam alto risco de progressão para Covid-19 grave”.
A FDA frisou ainda que o remédio não deve ser usado por pessoas não contaminadas para prevenir a doença e que ele também não deve ser considerado um substituto da vacina. O órgão recomenda à população que receba a vacinação completa, incluindo a dose de reforço.
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