Camille Dornelles - 31/05/2019 13h04

O dramaturgo Roberto Alvim, responsável pela peça Aurora, afirmou que a estreia da obra foi cancelada da programação do Sesc Mariana, São Paulo, por perseguições políticas. Segundo ele, o motivo foi seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Pelo Facebook, ele criticou a instituição e revelou que foi acusado de disseminar discursos de ódio.

– Um alto funcionário do Sesc escreveu um texto no qual discorreu sobre sua decepção com a minha pessoa (por conta do meio apoio ao governo Bolsonaro e minha admiração declarada pelo filósofo Olavo de Carvalho). (…) Agora, o Sesc, sua gerência geral, acaba de cancelar meu espetáculo. Sem justificativas, num e-mail seco – relatou.

Alvim afirmou que ligou para o funcionário que o criticou e não obteve retorno durante algum tempo. Depois, rompeu relações pessoais com ele.

– Pois bem: agradeço à instituição por mostrar com toda clareza o modo como opera e o que pensa acerca de liberdade de pensamento, arte e democracia – encerrou.

RESPOSTA
A instituição se manifestou sobre a polêmica e o superintendente de comunicação do Sesc, Ivan Giannini, desmentiu o cancelamento.

– O comunicado enviado a Alvim foi no sentido de modificar eventualmente uma agenda. Foi cancelado no período que estava proposto, mas não de forma definitiva. Não há nada contra ele ou contra qualquer posicionamento político-partidário dele – declarou à jornalista Mônica Bergamo.

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