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Denúncia aponta que o grupo do governador de São Paulo teria filiado 92 prefeitos e vices fora do prazo estabelecido

Paulo Moura - 28/10/2021 15h12 | atualizado em 28/10/2021 17h55

Governador de São Paulo, João Doria Foto: Estadão Conteúdo/Danilo M. Yoshioka

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, determinou nesta quarta-feira (27) a retirada dos 92 prefeitos e vices que se filiaram ao PSDB fora do prazo estabelecido para votação nas prévias do partido, marcadas para 21 de novembro, com o objetivo de escolher o candidato tucano ao Palácio do Planalto.

O prazo estabelecido pela comissão de prévias para a filiação de eleitores era 31 de maio. Os diretórios de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Ceará, porém, apresentaram denúncia de que o grupo do governador de São Paulo, João Doria, filiou 92 prefeitos e vices de forma irregular, com data retroativa, para inflar o colégio eleitoral.

No parecer emitido pelo presidente do PSDB sobre a retirada dos 92 nomes, Araújo pede que a comissão das prévias proceda a análise de cada caso, “mediante as manifestações e esclarecimentos prestados pelos filiados, e delibere sobre qual data de filiação deve ser considerada”. Araújo disse ainda que, no caso de validação da filiação, o tucano exercerá o voto por meio do aplicativo.

– É por demais óbvio dizer que a referida resolução da Comissão Executiva Nacional-PSDB não impede, nem tampouco impediria, filiações posteriores a 31/5/2021, mas tão somente fixou data que veda a participação desses novos filiados nas prévias na condição de eleitores – destacou Araújo.

Em resposta, Doria negou que tenha havido irregularidades e defendeu a manutenção dos correligionários como eleitores. O governador de São Paulo disse ainda não ter havido falhas no processo de filiação e registro.

– Eleição não se ganha no grito, mas no voto. Eu aprendi a respeitar a democracia. Por que ter medo do voto? Não há razão para ter medo do voto – afirmou ele.

Após as declarações de Doria, os diretórios de Minas, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia divulgaram nota rebatendo o governador e disseram que, “se há algo antidemocrático e antiético, é fabricar eleitores depois de iniciado o certame, prática lamentável e repudiável”.

*AE

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