Henrique Gimenes - 12/05/2020 21h33

Nesta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para afirmar que não vê problemas na divulgação do vídeo uma reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril. Em sua conta do Twitter, ele afirmou que qualquer parte da gravação “pertinente ao inquérito” que investiga uma suposta interferência do presidente na Polícia Federal (PF) pode ser levada ao “conhecimento público”.

A declaração ocorre após o vazamento de trechos da gravação para a imprensa, que noticiou, de acordo com fontes, que o presidente teria explicado que a troca no comando da PF no Rio de Janeiro seria para proteger a família. O inquérito foi aberto após Sergio Moro pedir demissão do Ministério da Justiça.

– Qualquer parte do vídeo que seja pertinente ao inquérito, da minha parte, pode ser levado ao conhecimento público – disse o presidente nas redes sociais.

Mais cedo, Bolsonaro já havia comentado os vazamentos e classificado a informação como falsa.

– O que a mídia tá divulgando agora é uma fake news. O informante, ou vazador, está desinformando – disse.

Ele também disse que a preocupação que tem com sua família é na questão da segurança.

– A preocupação minha, depois da facada, sempre foi voltada à minha segurança e a da minha família (…) A Polícia Federal nunca investigou ninguém da minha família – explicou.

Bolsonaro também negou qualquer tentativa de interferência na PF.

– Esse vídeo é a última cartada midiática usando da falácia e da mentira para dizer que eu tentei interferir na PF – apontou.

Sobre os vazamentos do vídeo, o presidente afirmou que muitos deles são mentirosos.

– Muito vazamento é mentiroso. Eu faço as vezes uma audiência, tem 3 ou 4 autoridades. Antes de sair da minha sala, já tem 3 ou 4 notícias sobre o evento – destacou.

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