Ministro de Minas e Energia nega risco de racionamento
Bento Albuquerque disse que o governo adotou medidas para não perder o "controle do sistema"
Henrique Gimenes - 23/06/2021 14h41 | atualizado em 23/06/2021 16h48
Nesta quarta-feira (23), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falou sobre a possibilidade de um racionamento de energia no país e negou que a medida possa ser adotada pelo governo. A declaração foi dada durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados.
O assunto tem estado em destaque nos últimos dias devido à “crise hídrica” pela qual o Brasil passa. Ao falar sobre o tema, Bento Albuquerque afirmou que o governo não trabalha com a hipótese de realizar um racionamento porque o setor elétrico é monitorado o tempo todo.
– [Foram adotadas] Medidas para que nós não percamos o controle do sistema, não tenhamos risco de interrupção do fornecimento de energia nos horários de pico de demanda; não queremos chegar em 2022 com uma forte dependência do período úmido – apontou.
Nesta terça-feira (22), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegou a abordar o assunto e disse que o Brasil deveria ter que passar por um “período educativo” de racionamento de energia elétrica para evitar algum tipo de “crise maior”. A declaração foi dada após participar de um evento no Palácio do Planalto.
Após a repercussão da fala, o presidente da Câmara usou as redes sociais para explicar que a MP irá incentivar os consumidores a economizar energia.
– Falei há pouco com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esclareceu que a Medida Provisória não irá trazer qualquer comando relativo ao racionamento de energia. Será feito o incentivo ao uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária – apontou.
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