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MBL diz que vídeo com suposta apologia ao estupro era “piada”

Declaração polêmica do coordenador do grupo, feita em 2018, viralizou no domingo e despertou reação da ministra Damares Alves

Thamirys Andrade - 13/09/2021 14h57 | atualizado em 13/09/2021 16h34

Renan Ferreira dos Santos, fundador do MBL Foto: Reprodução

Gravado em 2018, um vídeo do Movimento Brasil Livre (MBL) com suposta apologia ao estupro viralizou nas redes sociais no domingo (12) e despertou duras críticas.

Nas cenas registradas, um dos coordenadores do grupo, Renan Santos, afirma que, caso eles fossem barrados na entrada de um bar, eles iriam “estuprar” uma colega. Após a repercussão negativa, integrantes do movimento, incluindo a própria vítima, classificaram a declaração como uma “piada infeliz”.

No vídeo polêmico, Renan faz a declaração enquanto os demais integrantes repetem as falas e a encerram sob gritos de apoio.

– Eu falo, vocês repetem: nós, democraticamente, decidimos que vamos caminhar até o bar Violeta, que foi selecionado e negociado pela agente Bárbara Tonelli. Se não formos permitidos de entrar, a Bárbara será estuprada – disse Renan à época.

 

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Também militante do MBL, Bárbara saiu em defesa de Renan após a repercussão, argumentando que o vídeo foi uma “brincadeira de amigos”.

– A piada sem graça foi comigo. Meu nome está no vídeo. Estão compartilhando o vídeo. Não tiveram o cuidado de ocultar o meu nome. E a culpa ainda é minha. Vai entender – disse em publicação nas redes sociais.

No Twitter, o coordenador do grupo sustentou que o vídeo está sendo veiculado de forma “ridícula” e que a “deplorável a turma ‘politicamente incorreta’ não entende uma piada entre amigos bêbados”.

Posteriormente, Renan e Bárbara decidiram emitir nota conjunta, argumentando que o vídeo foi retirado de contexto. O líder do movimento reconhece que a “brincadeira” foi “infeliz” e pediu desculpas “prontamente” por ela.

– Não há nada de ilícito ou criminoso nas brincadeiras feitas naquela noite. Somos amigos há mais de sete anos. Nutrimos afeto e respeito mútuo. Jamais tivemos qualquer desavença por conta desse episódio, ocorrido há três anos, e seguimos amigos, por nos tratarmos de pessoas normais, que fazem piadas, erram e se arrependem – diz a nota.

O comunicado ainda afirma que medidas medidas judiciais serão tomadas contra aqueles que divulgarem o vídeo “maliciosamente”.

– Informamos, por fim, que serão tomadas as medidas judiciais cabíveis contra todos que estão maliciosamente insinuando a prática de crimes. Como dissemos, não houve qualquer intenção ou maldade na (infeliz) brincadeira.

MINISTRA DAMARES APRESENTARÁ DENÚNCIA
A ministra Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, informou no domingo (12) que acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e irá apresentar ao Ministério Público uma denúncia contra Renan por suposta apologia ao estupro.

Em resposta, o líder do movimento acusou a ministra de ser “oportunista”, de pagar de “moralista”, e disse que irá processá-la.

– Tanto eu quanto a Bárbara vamos processar a Damares Alves pelo uso da nossa imagem pra fazer ataque político. Essa sujeira não ficará impune – escreveu no Twitter.

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