Gabriel Mansur - 01/09/2022 20h25 | atualizado em 02/09/2022 11h09

Um dos empresários que foi alvo de operação da Polícia Federal, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Luciano Hang, acredita ter sido investigado por uma “peça de ficção”. Durante entrevista ao site O Antagonista, o dono das lojas Havan também negou que tenha atentado contra a Suprema Corte.

Hang é um dos oito empresários suspeitos de apoiarem um golpe de Estado em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições gerais deste ano. As trocas de mensagens de teor golpista foram reveladas pelo portal Metrópoles.

– Estou do lado da verdade, e estou muito, muito tranquilo. O que vão achar no meu celular são grupos de WhatsApp que eu pertenço e que me servem de matéria-prima para minhas redes sociais – disse o empresário, em entrevista a Cláudio Dantas.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já criticou a ação em diversas oportunidades, Luciano Hang afirmou que “montaram uma peça de ficção”, negou que tenha conversas com o procurador-geral da República, Augusto Aras, e fez críticas ao andamento da apuração.

– Eu quero crer que Alexandre de Moraes foi levado ao erro ao deixar tudo isso acontecer. (…) Estamos vivendo tempos estranhos no Brasil. Se a Justiça brasileira funcionasse tão bem para todos os iguais, realmente teríamos um Brasil diferente – ilustrou.

O empresário ainda declarou ser contra qualquer manifestação de extremismo “tanto da direita quanto da esquerda”, mas, segundo ele, membros da esquerda não recebiam o mesmo tratamento que as empresas-alvo da operação andam recebendo.

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