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Bolsonaro rebate a imprensa por “deturpar” demissão de Álvaro

Presidente criticou reportagens que apontavam a demissão como busca por apoio político no Congresso

Henrique Gimenes - 10/12/2020 20h03 | atualizado em 10/12/2020 22h07

Presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal

Durante sua tradicional transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro rebateu matérias da imprensa a respeito da demissão de Marcelo Álvaro Antônio do Ministério do Turismo. Ele criticou as publicações por apontarem que sua decisão teria sido um movimento em busca de apoio político no Congresso.

A mudança foi motivada por um desentendimento envolvendo o agora ex-ministro, Álvaro Antônio, e o ministro da Secretaria do Governo, Luiz Eduardo Ramos. Em um grupo de WhatsApp que reúne os ministros do governo, Álvaro acusou Ramos de pedir ao presidente Jair Bolsonaro para entregar o cargo do Turismo ao Centrão.

Em sua live semanal, Bolsonaro criticou a imprensa por trazer reportagens falando sobre uma negociação por apoio.

– Ele estava fazendo um bom trabalho, ninguém nega isso, mas houve um excesso (…) Agora a imprensa parte para notícias que dizem meia verdade. Vou falar aqui da Folha primeiro. O título é “Ministro do Turismo é demitido pelo presidente”. Daí diz que o movimento para demissão já estava decido. Porque eu ia dar esse Ministério para um parlamentar e iria colocar interinamente o Gilson Machado – ressaltou.

Para provar que a Folha errou, ele disse que o substituto de Álvaro Antônio já está oficializado como ministro efetivo.

– Então, Folha de S.Paulo, o Gilson está aqui. Já publicou em Diário Oficial da União, hoje de manhã, ele como ministro efetivo. E já assinei o seu termo de posse. Folha de S.Paulo, não teve nada de negociação. Impressionante, ou a Folha deturpa ou inventa – destacou.

O presidente também fez críticas ao Estadão por trazer uma reportagem com conteúdo similar ao da Folha.

– O Estado e a Folha parece que são marido e mulher, vivem juntos. O Estado de S. Paulo diz: Demissão no turismo expõe ofensiva do governo à Câmara. Ou seja, eu estaria entregando o Ministério para alguém de um partido qualquer em troca de um apoio na Câmara – ressaltou.

Bolsonaro lembrou que já foi integrante de vários partidos e que políticos são independentes. Ele então afirmou que seu governo está negociando com quase todas as siglas.

– Eu tenho que conversar com o Parlamento. E nunca estivemos tão bem com a Câmara e o Senado. Somos independentes, agora estamos cada vez mais harmônicos. E isso incomoda as pessoas. Quando lá atrás eu não conversava, diziam que eu era truculento e não tinha governabilidade. Quando eu comecei a conversar com o pessoal, no começo desse ano, a imprensa começou a criticar porque estava conversando com esse pessoal. Olha, o que tem que aprovar não é para mim, é para o Brasil. E cada vez mais estamos dialogando com quase todos os partidos – apontou.

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