Paulo Moura - 16/08/2019 09h32 | atualizado em 16/08/2019 15h33

Nesta quinta-feira (15), novas informações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo foram divulgadas pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.

Lucas dos Santos, um dos filhos adotivos da deputada federal Flordelis e do pastor Anderson, afirmou à Polícia Civil que recebeu mensagens enviadas do celular da própria mãe pedindo que ele matasse o pai. Isso teria acontecido três meses antes do assassinato.

Lucas disse aos policiais que após receber as mensagens, ele ligou para o telefone da mãe e soube que a deputada não estava em casa, pois ela não atendeu a ligação. O jovem contou que esteve na casa da família, no mesmo dia, e mostrou as mensagens para Flordelis, que ficou nervosa. Ele afirmou que era comum várias pessoas na casa usarem o telefone da mãe.

O filho da pastora também revelou que, na véspera do dia em que recebeu as mensagens, uma de suas irmãs adotivas, Marzy, lhe procurou e ofereceu R$ 5 mil para que ele matasse Anderson. De acordo com Lucas, no início da conversa, a irmã afirmou que o pai adotivo estava insuportável. Ele disse que se negou a fazer o que a irmã lhe pediu, pois tudo que ele precisava, o pai lhe dava. Marzy Teixeira da Silva, de 35 anos, é uma das filhas adotivas de Flordelis.

A assessoria de imprensa de Flordelis afirmou que ela e a filha não vão comentar o depoimento de Lucas.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

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