Camille Dornelles - 13/12/2018 14h21 | atualizado em 13/12/2018 17h12

Uma pregação antiga da pastora Damares Alves, futura ministra de Direitos Humanos, voltou à tona nesta semana. Ela testemunha sobre um encontro que teve com Jesus ainda criança e como isso mudou sua vida.

O testemunho foi feito durante um culto na Igreja Batista da Lagoinha em maio de 2016. Além do testemunho, ela defendeu a proteção às crianças e adolescentes e o combate a crimes de pedofilia e outros abusos contra crianças.

Nas redes sociais, porém, a advogada foi alvo de piadas e críticas por causa do relato. Alguns ridicularizaram o caso e as ideias da futura ministra. Ao Pleno.News, alguns pastores comentaram o caso.

VERACIDADE
O pastor Josué Valandro Jr., da Igreja Batista Atitude, onde Michelle Bolsonaro é membro, afirmou que a experiência de ver Jesus “é muito comum”.

– Principalmente no Oriente Médio, onde eu mesmo já vi pessoas que tiveram um encontro com Jesus e se converteram, deixaram de seguir Maomé. Claro, é muito difícil julgar uma experiência de outro. Quando alguém conta uma experiência, temos que fazer uma avaliação se aquela história tem cabimento bíblico. Também é importante ver o caráter de quem fala. Quando se trata de uma pessoa séria, de comportamento ilibado, como é a doutora Damares – apoiou.

REPERCUSSÃO NEGATIVA
O pastor Anderson do Carmo, esposo da deputada eleita Flordelis, também se manifestou sobre o caso. Ele defendeu a futura ministra das piadas.

– As pessoas que estão debochando nunca tiveram uma experiência como essa ou não passaram por uma necessidade de transformação. Que Deus tenha misericórdia dessas pessoas. É totalmente bíblica essa experiência da Damares. Por exemplo, Jesus apareceu para Saulo no meio da estrada e ele se tornou o apóstolo Paulo – afirmou.

O pastor Renato Vargens também comentou o caso e criticou a repercussão negativa do testemunho.

– O que eu percebo é que a imprensa em si está misturando as coisas, denegrindo a fé dela como se fosse um indício de que ela não será uma boa ministra. Acho que há um preconceito. A experiência particular não deve ser a base para julgar se ela fará um bom trabalho no Ministério – declarou.

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