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Após rejeição, Flow retira vídeo de Monark sobre partido nazista

Repercussão do vídeo tem causado onda de indignação e até prejuízos financeiros

Gabriela Doria - 08/02/2022 16h02 | atualizado em 08/02/2022 18h44

Monark foi alvo de repúdio após defender o direito de ser nazista Foto: Reprodução/YouTube Flow

O Flow Podcast retirou do ar, nesta terça-feira (8), o vídeo em que Monark, um dos apresentadores do canal, defende a criação de um partido nazista no Brasil. Ao tentar acessar o conteúdo, o usuário recebe a mensagem “este vídeo é privado”. O vídeo ficou fora do ar pouco depois das 14h.

Os convidados do Flow no polêmico vídeo são os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP). Em sua fala, Monark defendeu o reconhecimento legal de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira. Ele justificou que essa é uma questão de “liberdade de expressão”.

Como argumento, o youtuber apontou que a esquerda radical tem “muito mais espaço” do que a direita radical no Brasil e defendeu que todos deveriam ter espaço no cenário nacional.

– Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista deveria ter um partido nazista; tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei – afirmou o apresentador.

Após a declaração de Monark, Tabata argumentou que “a liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco”. Monark, porém, insistiu na ideia, afirmando que “as pessoas têm o direito de ser idiotas”.

– A questão é: se o cara quiser ser um “antijudeu”, eu acho que ele tinha o direito de ser […] Ele não está sendo antivida. Ele não gosta dos ideais [judaicos] – afirmou.

Tabata, porém, apontou que o judaísmo não é um sistema de ideais, mas uma identidade, e quem se declara “antijudeu” não está discordando de ideais religiosos, mas sim questionando a existência dos judeus como um todo.

– Mas é essa a questão: questionar é sempre válido – rebateu Monark.

REPERCUSSÃO
Após a repercussão das declarações de Monark, o nome do apresentador se tornou um dos assuntos mais comentados – e criticados – do Twitter brasileiro. O grupo Judeus pela Democracia fez uma publicação comentando o trecho do programa.

Pelas redes sociais, o grupo disse nesta terça-feira (8) que a resposta de Tabata foi “perfeita” e discordou que a liberdade de expressão não deva ter limites. O grupo afirmou ainda que “ideologias que visam à eliminação de outros têm que ser proibidas” e que “racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão”.

Internautas também começaram a cobrar um posicionamento das empresas que patrocinam o programa, afirmando que a manutenção do patrocínio seria equivalente a compactuar com a defesa do nazismo.

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