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Apresentador defendeu a criação do partido nazista no Brasil

Pleno.News - 08/02/2022 13h29 | atualizado em 08/02/2022 14h47

Bruno Aiub, conhecido como Monark Foto: Reprodução/Print de vídeo do YouTube/ Cortes do Flow [OFICIAL]

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou, nesta terça-feira (8), a declaração do apresentador do podcast Flow, Bruno Aiub, conhecido como Monark, sobre o partido nazista. Por meio de nota, a Conib se manifestou contra a defesa do “direito de ser antijudeu”.

O texto também destacou que o nazismo prega o extermínio de grupos que considera “inferiores”.

– O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio, no coração da Europa, que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica – apontou a Conib em um trecho da nota.

Na noite de segunda-feira (7) Monark defendeu o reconhecimento legal de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira. Ele justificou que essa é uma questão de “liberdade de expressão”.

Durante o programa, que teve como convidados os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), Monark apontou que a esquerda radical tem “muito mais espaço” do que a direita radical no Brasil e defendeu que todos deveriam ter espaço no cenário nacional.

– Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista deveria ter um partido nazista; tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei – afirmou o apresentador.

Após a declaração, Tabata argumentou que “a liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco”. Monark, porém, insistiu na ideia, afirmando que “as pessoas têm o direito de ser idiotas”.

– A questão é: se o cara quiser ser um “antijudeu”, eu acho que ele tinha o direito de ser […] Ele não está sendo antivida. Ele não gosta dos ideais [judaicos] – afirmou.

Tabata, porém, apontou que o judaísmo não é um sistema de ideais, mas uma identidade, e quem se declara “antijudeu” não está discordando de ideais religiosos, mas sim questionando a existência dos judeus como um todo.

– Mas é essa a questão: questionar é sempre válido – rebateu Monark.

REPERCUSSÃO
Após a repercussão das declarações de Monark, o nome do apresentador se tornou um dos assuntos mais comentados – e criticados – do Twitter brasileiro. O grupo Judeus pela Democracia fez uma publicação comentando o trecho do programa.

Pelas redes sociais, o grupo disse nesta terça-feira (8) que a resposta de Tabata foi “perfeita” e discordou que a liberdade de expressão não deva ter limites. O grupo afirmou ainda que “ideologias que visam à eliminação de outros têm que ser proibidas” e que “racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão”.

Internautas também começaram a cobrar um posicionamento das empresas que patrocinam o programa, afirmando que a manutenção do patrocínio seria equivalente a compactuar com a defesa do nazismo.

 

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