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Estudo sugere que a Covid-19 circulava na China em agosto

Pesquisa foi feita pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos

Pleno.News - 09/06/2020 15h18 | atualizado em 09/06/2020 15h20

Estudo feito nos EUA sugere que novo coronavírus circulava na China em agosto Foto: EFE/EPA/Alex Plavevski

O SARS-CoV-2, coronavírus responsável pela Covid-19, pode ter se propagado na China desde agosto do ano passado, segundo sugere um estudo realizado pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

Os resultados foram baseados nas buscas feitas na internet por sintomas que se encaixam com a doença, em imagens de satélite dos arredores de hospitais da cidade de Wuhan, onde foi começou o surto.

Os pesquisadores analisaram os padrões de deslocamento das pessoas para as unidades de saúde locais.

No artigo, publicado pela própria Universidade de Harvard, os autores identificam aumento no tráfego dos estacionamentos de hospitais e nas buscas pelos sintomas da Covid-19, meses antes de dezembro de 2019, quando foi documentado o início da pandemia.

– Embora não podemos confirmar se o incremento no volume estava diretamente relacionado ao novo vírus, nossa evidência apoia outros recentes trabalhos, que mostram que a emergência aconteceu antes da identificação no mercado de frutos do mar em Wuham – explicou o texto.

As buscas por problemas no sistema respiratório e por tosse mostram flutuações, que coincidem com as temporadas anuais de gripe na China, mas a procura na internet por diarreia, que é um sintoma mais específico da Covid-19, mostra uma associação com a pandemia, segundo os pesquisadores.

– Isso põe em relevo o valor das novas fontes digitais para a vigilância dos patógenos emergentes – apontou a pesquisa.

Para chegar às conclusões, a equipe que confeccionou o estudo recolheu 111 imagens de satélite de Wuhan, entre 9 de janeiro de 2018 e 30 de abril de 2020. Entre o período, houve uma tendência geral de alta no aumento da ocupação dos hospitais.

A alta mais concreta aconteceu, justamente, a partir de agosto do ano passado, em que acontece o outono na China e há um aumento da procura pelas unidades, com pico registrado em dezembro.

Os autores ainda indicaram uma diminuição, a partir de 23 de janeiro de 2019, quando aconteceu o confinamento obrigatório em Wuhan, do volume de ocupação de hospitais e das consultas por sintomas da doença.

A pesquisa, inclusive, corroboraria a versão de que o novo coronavírus surgiu de forma natural no sul da China, rechaçando as acusações do governo dos Estados Unidos, que aponta para uma criação artificial do patógeno.

*Com informações da Agência EFE

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