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Putin é acusado por governos do Ocidente de realizar eleições presidenciais na Rússia sem que elas sejam livres e justas

Lawrence Maximus - 22/03/2024 10h52

Vladimir Putin e Lula em 2004 Foto: EFE/Jefferson Rudy

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cumprimentou Vladimir Putin, pela vitória nas eleições presidenciais russas do último domingo (17). Lula também segue as diretrizes de seu partido, o PT, que publicou nota em que parabeniza o presidente russo pela permanência no cargo.

Profusamente, a política externa (macabra) do governo Lula, em décadas, estreitou laços com nações africanas, árabes e asiáticas. Com encontros polêmicos entre o mandatário brasileiro e membros de regimes ditatoriais e autocráticos, acusados de crimes contra os direitos humanos, fraudes em eleições e cerceamento da oposição e da imprensa.

Dentro desses critérios de amizades, se enquadravam os representantes de Burkina Fasso, Angola, Gâmbia, Guiné Equatorial, Cuba, China, Vietnã, Paquistão, Cazaquistão, Jordânia, Uzbequistão e Irã.
Entre uma lista seleta, gostaria de destacar, Mahmoud Ahmadinejad – polêmico por negar o Holocausto que matou 6 milhões de judeus na 2ª Guerra Mundial, exortando pela aniquilação de Israel -, Muammar Kaddafi, Islam Karimov, Nursultan Nazarbayev, Blaise Compaoré, Bashar al Assad, Fidel Castro, Hugo Chávez, FARC, Ebrahim Raisi e grupos terroristas, como o Hamas. Todos esses citados, violaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos e cooperaram com o terrorismo internacional.

No entanto, veja, diversos líderes de nações europeias, evitaram dar os parabéns a Putin por seu triunfo. Até porque, Putin é acusado por governos do Ocidente de realizar eleições presidenciais na Rússia sem que elas sejam livres e justas.

Mas além de Lula, Putin recebeu os parabéns também de Bolívia, China, Coreia do Norte, Cuba, Irã e Tajiquistão.

É importante lembrar que Putin, cometeu genocídio na Ucrânia, desde a invasão russa no país do Leste Europeu. Baseado em números oficiais, o Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirmou que, até novembro de 2023, mais de 10 mil civis ucranianos haviam sido mortos na guerra ordenada por Putin, em fevereiro de 2022.

Ademais, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela deportação ilegal de menores ucranianos e transporte deles de áreas ocupadas na Ucrânia para a Rússia, um crime de guerra sob o tratado do tribunal, o Estatuto de Roma.

Para piorar esse histórico obscuro, Israel declarou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, “persona non grata”, por sua declaração e posicionamento antissemita – comparando Israel com a Alemanha nazista, acusando o Estado judeu de genocídio em Gaza – entrando para a História como o primeiro presidente do Brasil a receber esse título.

Portanto, Lula conseguiu reaproximar o Brasil de ditaduras de esquerdas e islâmicas, irritar os Estados Unidos e Israel, e começar a maior crise diplomática em séculos. Em suma, como fizeram anteriormente, Lula, o PT e a esquerda em geral conseguiram, mais uma vez, transformar o Brasil numa chacota internacional.

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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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