Henrique Gimenes - 18/12/2017 20h49 | atualizado em 21/12/2017 15h17

Nesta segunda-feira (18), os Estados Unidos vetaram um pedido do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para rejeitar a decisão dos norte-americanos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. A resolução havia sido apoiada por todos os outros membros do conselho, entre eles Rússia e China. O texto havia sido redigido pelo Egito. As informações foram dadas pela Reuters.

No texto, estava especificado que “quaisquer decisões e ações que pretendam ter alterado o caráter, status ou composição demográfica da Cidade Sagrada de Jerusalém não têm efeito legal, são nulas e devem ser rescindidas em conformidade com resoluções relevantes do Conselho de Segurança”.

Sendo um dos membros permanentes do Conselho, os Estados Unidos possuem poder de veto a qualquer uma das resoluções, o que impede sua aprovação. Os outros membros que possuem tal poder são a China, a França, a Rússia e o Reino Unido.

A polêmica começou quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que iria reconhecer a cidade como capital israelense e transferir sua embaixada para lá. O assunto é considerado delicado, já que os palestinos anseiam que Jerusalém Oriental seja capital de seu futuro estado.

Além disso, a comunidade internacional nunca reconheceu a reivindicação de Israel sobre a cidade ser sua capital e nem a anexação de Jerusalém Oriental. A maioria dos países com relações diplomáticas com Israel mantém suas embaixadas em Tel Aviv.

Neste domingo, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, anunciou que seu país considera a parte oriental de Jerusalém como capital da Palestina, além de dizer que irá abrir sua embaixada no local.

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