EUA podem ajudar Equador na luta contra o narcotráfico
Donald Trump ofereceu apoio e disse que também pretende selar acordo comercial com o país
Pleno.News - 12/02/2020 20h17 | atualizado em 12/02/2020 20h19
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (12) que pretende selar um acordo comercial com o Equador e elogiou o chefe do governo do país, Lenin Moreno, além de ter oferecido ajuda na luta local contra o narcotráfico.
Em uma breve entrevista antes de uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com o próprio Moreno, primeiro presidente do Equador a visitar a sede do governo americano em 17 anos, Trump confirmou, em resposta a uma pergunta da Agência Efe, ter o interesse em fechar um pacto comercial com o país sul-americano.
– Sim, faremos. Eles têm produtos incríveis, os fabricam e produzem, e nós gostamos deles, então vamos fazer – disse.
Ontem, a Casa Branca havia antecipado que Trump planejava tomar como modelo para qualquer acordo comercial com o Equador o recente pacto que os EUA firmaram com o México e o Canadá para substituir o antigo Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
– Seria interessante (ter um modelo parecido) em uma escala muito menor”. Estamos pensando nesse tipo de modelo, sim – confirmou Trump.
Ele deu declarações ao lado de Moreno, em entrevista após a visita que o presidente do Equador fez à Casa Branca.
Por sua vez, o político equatoriano ressaltou que os EUA “são o principal parceiro comercial” de seu país e que ambos os países compartilham valores democráticos fundamentais. Antes de viajar a Washington, Moreno afirmou à imprensa equatoriana que queria propor a Trump um acordo similar ao que o país andino tem com a União Europeia (UE).
Já Trump disse que também planejava “falar sobre a Venezuela” com Moreno, sem entrar em detalhes com os jornalistas presentes, e discutir questões relacionadas à segurança e ao tráfico de drogas.
– A verdade é que eles têm um problema com os narcotraficantes, e isso não é bom. Vamos trabalhar com eles para ajudá-los – ressaltou.
Moreno, que falou em espanhol e se comunicou com Trump com a ajuda de um intérprete, disse que planejava debater questões “comuns” a ambos os países, “como a democracia, a luta contra o tráfico de drogas, a luta contra o crime organizado” e a importância de fortalecer o comércio e os investimentos.
A visita marcou um passo importante para o degelo das relações entre os dois países, que haviam congelado após a chegada de Rafael Correa ao poder no Equador, em 2007. Nos dois primeiros mandatos de Correa, Moreno era o vice-presidente.
*Com informações da Agência EFE
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