Guaidó denuncia sumiço do tio após retornar à Venezuela
Desaparecimento teria acontecido durante tumulto no momento do desembarque em Caracas
Pleno.News - 12/02/2020 09h23 | atualizado em 12/02/2020 10h03
Juan José Márquez, tio do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, desapareceu na terça-feira (11), pouco depois de desembarcar em Caracas com o sobrinho e após ser interceptado pelas autoridades alfandegárias, denunciou a equipe do político.
– Denunciamos o desaparecimento de Juan José Márquez, tio do presidente (encarregado) Juan Guaidó, que acompanhava o presidente no avião no momento da chegada à Venezuela – informou no Twitter o Centro Nacional de Comunicação (CNC) de Guaidó.
Além disso, também culparam o presidente Nicolás Maduro e o diretor de segurança do Aeroporto Internacional Maiquetía, Franco Quintero, “por sua integridade física”. A mensagem da equipe de presidente autoproclamado ainda exige a libertação de Juan José. Atualmente, mais de 50 países o reconhecem como presidente interino da Venezuela.
A nota diz que Márquez estava acompanhando Guaidó em seu retorno à Venezuela após uma viagem internacional de 23 dias.
– Depois da passar pela imigração normalmente, e estando e prestes a partir, Márquez foi contratado para uma suposta revisão do Seniat (Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária) – acrescentaram as informações.
Depois de passar pelos controles de imigração, Guaidó foi ao saguão de desembarque do aeroporto de Maiquetía, que serve Caracas, onde cerca de 200 apoiadores do Chavismo o esperavam e o insultaram até que ele conseguisse chegar ao seu veículo e deixar o local.
– Aproveitando o caos no aeroporto causado pela violência da ditadura, eles seguraram o senhor Márquez – acrescentou a mensagem do CNC no Twitter.
Finalmente, eles explicaram que vários “membros da família relataram que ele os contatou” e disseram que os funcionários do Seniat “exigiam apenas que ele assinasse alguns papéis para poder sair”.
– A partir desse momento, nunca mais se ouviu falar dele. Denunciamos o desaparecimento forçado e exigimos sua libertação – concluíram.
*Com informações da Agência EFE
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