Israel flexibiliza etapas para acesso ao aborto no país
Procedimento já é legal no país, mas passou por mudanças
Monique Mello - 29/06/2022 11h44 | atualizado em 29/06/2022 12h38

Dias após o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogar a proteção legal do aborto no país, Israel anunciou a flexibilização dos requisitos para mulheres realizarem o procedimento. A reforma altera a lei de 1978, sobre a interrupção voluntária da gestação.
As mulheres agora poderão solicitar o procedimento online, em vez de passar por um interrogatório presencial por parte de um comitê especializado. Muitas mulheres alegavam que as perguntas eram “incômodas e invasivas”.
– Abolimos os procedimentos arcaicos que impediam os abortos considerados desnecessários, eliminámos questões degradantes, permitimos alguns abortos através de seguros de saúde, abolimos a exigência de comparecer perante o comitê e, mais importante, reforçamos o direito mais fundamental de uma mulher ao seu corpo e à sua vida – disse Nitzan Horowitz, ministro da Saúde de Israel.
As mudanças serão aplicadas em até três meses. Em Israel, é legal o aborto de mulheres menores ou com mais de 40 anos, em caso de gestações resultantes de violações ou relações não consensuais, se a gestação representar um risco para a saúde física ou mental da mãe, se o feto tiver alguma deficiência e se a concepção ocorrer fora do casamento.
Leia também1 Empresas custearão viagens para abortos nos EUA
2 Ministério da Saúde discute cartilha que diz que 'todo aborto é um crime'
3 Agrediu chefe: Procurador vira réu por tentativa de feminicídio
4 Câmera flagra míssil russo em shopping na Ucrânia
5 Principal âncora da Fox News está no Brasil e ouvirá Bolsonaro